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Não há planos de ataque à Coreia do Norte, diz diplomata dos EUA

O governo do presidente Trump diz preferir uma solução diplomática para a crise sobre o desenvolvimento de mísseis nucleares da Coreia do Norte

Coreia do Norte: Trump e seus assessores estariam discutindo a possibilidade de um ataque limitado à Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

Coreia do Norte: Trump e seus assessores estariam discutindo a possibilidade de um ataque limitado à Coreia do Norte (KCNA/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 21h54.

Washington - A diplomata de alto escalão dos Estados Unidos para a Ásia, Susan Thornton, disse nesta quinta-feira entender que o governo Trump não possuía nenhuma estratégia para um ataque limitado contra a Coreia do Norte, mas que Pyongyang será forçado a abandonar suas armas nucleares "de uma maneira ou de outra".

O governo do presidente Donald Trump diz preferir uma solução diplomática para a crise sobre o desenvolvimento de mísseis nucleares da Coreia do Norte capazes de atingir os EUA.

Mas autoridades dos EUA disseram à Reuters e outras mídias que Trump e seus assessores discutiram a possibilidade de um ataque limitado à Coreia do Norte que não iria derrubar o programa bélico e nem derrubar o governo do líder Kim Jong Un.

Tal conversa sobre um ataque limitado alarmou especialistas coreanos, que disseram que isto pode gerar retaliação catastrófica, mas isto tem diminuído desde que a Coreia do Norte e a Coreia do Sul retomaram conversas no mês passado e a Coreia do Norte participou da Olimpíada de Inverno na Coreia do Sul.

Dois senadores dos EUA, uma democrata e um republicano, que falaram na audiência de confirmação de Thornton para o cargo de secretária-assistente para o leste da Ásia, disseram que eles e outros senadores haviam sido informados por autoridades de alto escalão da Casa Branca na quarta-feira que não há tal estratégia.

Perguntada pela senadora democrata Jeanne Shaheen se o governo Trump não possuía uma estratégia de ataque limitado, conhecido como de "nariz sangrento", Thornton respondeu: "Este é meu entendimento, senadora, sim".

O senador republicano James Risch disse que parlamentares haviam sido informados "por pessoas do governo, do nível mais alto possível, que não há tal coisa como uma 'estratégia de nariz sangrento'". Risch acrescentou que as autoridades disseram que nunca haviam considerado ou conversado sobre isto.

Thornton, atualmente secretária-assistente em exercício para o leste da Ásia, disse que Washington estava aberto para conversas com Pyongyang, mas que a desnuclearização da Coreia do Norte será a única questão.

"Nossa preferência é para alcançar desnuclearização da península coreana através de uma resolução diplomática, mas nós iremos alcançar esta meta de uma maneira ou de outra", disse Thornton.

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