May: O "backstop" tem sido o principal entrave para a aprovação do acordo de Brexit (Ben Birchall/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 10h48.
Última atualização em 14 de janeiro de 2019 às 10h49.
São Paulo - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, defendeu hoje que o Parlamento britânico aprove o acordo de Brexit fechado entre seu governo e líderes da União Europeia em votação marcada para esta terça-feira (15).
"Todos nós, inclusive o Parlamento, temos o dever de implementar o Brexit", disse May, referindo-se ao processo para a retirada do Reino Unido do bloco europeu.
Segundo May, parlamentares que vinham mostrando dúvidas nos últimos tempos lhe disseram que apoiarão o acordo do Brexit. As apostas, porém, são de que May sofrerá uma grande derrota no Parlamento.
May afirmou também que se o acordo for rejeitado amanhã, as opções serão ir adiante com o "divórcio" sem acordo ou desistir do Brexit, o que geraria risco de "subversão do processo democrático". O Brexit foi aprovado pela população britânica durante plebiscito realizado em junho de 2016.
May fez o pronunciamento depois de ela mesma e a UE publicarem cartas sobre o Brexit. De acordo com a premiê, a carta da UE não contém tudo o que o Parlamento gostaria de ver, mas seu governo assegurou novos esclarecimentos "valiosos" e garantias sobre o chamado "backstop", mecanismo criado para garantir que não haverá uma fronteira física entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, mesmo que não seja fechado um acerto sobre questões comerciais e de segurança.
O "backstop" tem sido o principal entrave para a aprovação do acordo de Brexit.
May disse ainda que ninguém no Parlamento apresentou um acordo de Brexit alternativo que a UE aceitaria. Se o pacto submetido aos legisladores for aprovado, o Reino Unido começará a negociar a futura relação do país com a UE já a partir de quarta-feira, acrescentou a premiê.