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Na Tunísia, 33 membros da família de Ben Ali são detidos

Detidos estavam com joias, relógios e cartões de crédito internacionais

Retrato de Ben Ali no palácio presidencial: família é investigada por aquisição ilegal de bens (Wikimedia Commons)

Retrato de Ben Ali no palácio presidencial: família é investigada por aquisição ilegal de bens (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h56.

Túnis - A emissora de televisão estatal tunisiana informou nesta quinta-feira que 33 membros da família do presidente deposto Zine el Abidine Ben Ali e de sua esposa, Leila Trabelsi, foram detidos nos últimos dias por diferentes delitos contra o país.

A emissora divulgou ainda imagens de joias, relógios e cartões de crédito internacionais apreendidos com os detidos, embora não tenha precisado suas identidades nem as circunstâncias em que foram presos.

Os 33 detidos foram postos à disposição judicial, indicou a emissora.

A Justiça tunisiana abriu na quarta-feira um processo contra Ben Ali e vários membros de sua família por "aquisição ilegal de bens móveis e imobiliários, depósitos financeiros ilícitos no exterior e evasão de divisas".

A investigação judicial inclui o ex-presidente, que seguiu para a Arábia Saudita, sua mulher, Leila Trabelsi, e os "irmãos, genros e sobrinhos" dela, informaram os veículos da imprensa estatal, que indicaram que os bens dos envolvidos "poderão ser desapropriados".

O "clã dos Trabelsi" é especialmente odiado pelos tunisianos, cujos membros são acusados da apropriação das riquezas do país, incluindo terras e bens do Estado.

Enquanto isso, a situação durante a noite desta quinta-feira voltou a ser de relativa calma no país, segundo indicaram habitantes de várias regiões à Agência Efe.

Na capital Túnis não foram ouvis disparos durante o toque de recolher, cujo início foi atrasado em duas horas desde a quarta-feira, devido à melhora da situação de segurança.

O conselho de ministros do Governo de transição se reunirá nesta quinta-feira pela primeira vez - sem a presença de três dos ministros opositores - e abordará novas medidas relacionadas com a anistia e a separação de poderes, assinalaram fontes do Executivo à Efe

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