Síria: ONG detalhou que há combates entre as forças governamentais e o EI na área de Khanaser (Bassam Khabieh / Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2016 às 08h48.
Beirute - A Síria amanheceu neste sábado sem bombardeios no primeiro dia do cessar-fogo entre o regime de Bashar al Assad e a oposição, e apenas foram registrados combates em áreas com a presença da Frente al Nusra, grupo jihadistas ligado à Al Qaeda, e do Estado Islâmico (EI).
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) detalhou que há combates entre as forças governamentais e o EI na área de Khanaser, onde está o caminho que liga esta cidade com Aleppo, no norte do país, está interrompido.
Também há confrontos entre soldados leais ao governo e várias organizações, entre as quais a Frente al Nusra, nas regiões de Jabal al Akrad e Jabal Turcoman, no norte da província litorânea de Latakia.
Nesse local, também atuam outros grupos como o Movimento Islâmico dos Livres de Sham e o Exército Islâmico do Turquestão.
Os também chamados Livres de Sham fazem parte da Comissão Suprema para as Negociações (CSN), a principal aliança de oposição, que aceitou a trégua.
No entanto, não se sabia se essa organização armada cumpriria com o cessar-fogo por seus vínculos estreitos com a Frente al Nusra, com quem costuma atuar no terreno.
Por outro lado, na província central de Hama, um carro-bomba do EI explodiu contra um posto de controle de regime na entrada da localidade de Salmiya, onde dois efetivos governamentais morreram.
Nessa mesma região, as Forças de Defesa Nacional, milícias pró-regime, enfrentam desde a noite de ontem combatentes do EI nos vilarejos de Mafkar e Al Tiba.
Além disso, em Tel Abiad, na fronteira entre a Turquia e a província síria de Al Raqqa, também há combates entre o EI e as Unidades de Proteção do Povo, milícias curdo-sírias.
O cessar-fogo, estipulado por Rússia e EUA, entrou em vigor no território sírio após a meia-noite de sexta-feira (horário local), depois que o governo em Damasco e a CSN aceitaram interromper as hostilidades.
Tanto o EI como a Frente al Nusra ficaram excluídos do pacto para o cessar-fogo. EFE