Kim Jong-Un, ditador da Coreia do Norte (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 22 de outubro de 2024 às 07h11.
Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 07h11.
Um representante da Coreia do Norte na ONU negou, nessa segunda-feira, que seu país tenha enviado soldados à Rússia para apoiar a guerra de Moscou contra a Ucrânia, e classificou a denúncia sul-coreana sobre o assunto como "rumores infundados".
"Quanto à suposta cooperação militar com a Rússia, minha delegação não sente nenhuma necessidade de comentar tais rumores infundados e estereotipados", declarou o representante durante uma reunião de comitê na Assembleia Geral da ONU.
A agência de espionagem sul-coreana afirmou na sexta-feira que Pyongyang havia enviado tropas em "larga escala" para apoiar seu aliado Moscou, e que 1.500 membros de suas forças especiais já estavam treinando no Extremo Oriente russo e prontos para combater na Ucrânia.
A denúncia de Seul "busca manchar a imagem da RPDC (Coreia do Norte) e minar as relações legítimas, amistosas e de cooperação entre dois estados soberanos", acrescentou o representante norte-coreano, em Nova York.
A imprensa estatal norte-coreana não se pronunciou sobre o suposto envio de tropas, e a Rússia não o confirmou.
A Otan e os Estados Unidos também não confirmaram a informação, embora tenham indicado que isso seria uma perigosa escalada no conflito ucraniano.
Os Estados Unidos e seus aliados expressaram preocupação com o envio de armas norte-coreanas para a Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
A agência sul-coreana Yonhap informou nesta terça-feira que Seul está considerando enviar uma equipe à Ucrânia para monitorar as forças norte-coreanas enviadas para a guerra, citando uma fonte governamental.
Yonhap também relatou que uma conta pró-Rússia no Telegram publicou uma foto com as bandeiras russa e norte-coreana lado a lado em um campo de batalha na Ucrânia.