Mulher indiana: ativistas agora pedem mais restrições à venda de ácido que, geralmente, é usado em ataques contra mulheres. (REUTERS/Babu)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 13h32.
Brasília – Quatro irmãs, todas professoras de uma escola pública local, sofreram queimaduras depois de um ataque com ácido em Shamli, no estado de Uttar Pradesh, no Norte da Índia. As quatro voltavam da escola para casa quando foram atacadas por dois homens que estavam em uma moto. O ataque ocorreu três meses depois de uma estudante, de 23 anos, ser estuprada e agredida por um grupo de homens, também na Índia, dentro de um ônibus.
As vítimas têm de 19 a 24 anos. “As vítimas estavam caminhando quando perceberam que dois homens as seguiam em uma motocicleta e faziam comentários obscenos. Eles jogavam a moto contra elas também”, relatou Abdul Hammed, um dos policiais responsáveis pela investigação. Segundo Hammed, não houve prisões.
Em dezembro, a estudante que foi estuprada também sofreu queimaduras com ácido. Os responsáveis por crimes semelhantes, utilizando ácido, são condenados à prisão com penas que variam de oito a 12 anos, dependendo da gravidade dos ferimentos.
A polícia investiga o caso, mas não foi divulgado o motivo do ataque. A mais jovem das quatro sofreu as piores queimaduras e está internada em Nova Délhi para tratamento intensivo. Nos últimos meses, a preocupação com a violência contra as mulheres passou a ser tema de discussões na Índia.
Ativistas agora pedem mais restrições à venda de ácido que, geralmente, é usado em ataques contra mulheres. O ácido utilizado nos crimes é chamado de Tezaab e costuma ser usado na limpeza de ferrugem de ferramentas.