O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: ministro defende "cooperação internacional" para solucionar crises (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2013 às 09h53.
Berlim, - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu neste sábado aplicar o multilateralismo para resolver as atuais crises globais na Síria e no Mali, após o fracasso do unilateralismo no Iraque e no Afeganistão.
Patriota fez estas declarações na Conferência de Segurança de Munique (MSC), na Alemanha, que começou ontem e até amanhã debate, com a participação de 70 ministros das Relações Exteriores e de Defesa, questões estratégicas globais como as guerras no Mali e na Síria, e o programa nuclear iraniano.
O ministro argumentou que a comunidade internacional 'não respondeu adequadamente em matéria de segurança e paz' e disse que o 'unilateralismo' não produziu 'os resultados desejados' em problemas como os de Iraque e Afeganistão.
Patriota ressaltou que as intervenções militares têm uma capacidade 'limitada' de produzir resultados. Por isso, aposta em 'melhorar a cooperação internacional' em matéria de defesa e a 'governança global em segurança', já que este tipo de aproximação 'não só beneficia os poderes emergentes, mas também os estabelecidos'.
Neste sentido, Patriota se disse convencido de que uma cooperação global reforçada e uma melhora do multilateralismo contribuirá para 'um mundo mais pacífico e estável', capaz de enfrentar de forma coordenada problemas globais além da estrita segurança, como as lutas contra a mudança climática e a pobreza.
O ministro brasileiro discursou em uma mesa-redonda denominada 'Os poderes emergentes e a governança global', da qual também participaram o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Song Tao; o assessor de Segurança Nacional da Índia, Shivshankar Menon, e o ministro da Defesa de Cingapura, Ng Eng Hen.
No total, participaram do encontro em Munique 90 delegações nacionais, mais de dez chefes de Estado e Governo, 70 ministros das Relações Exteriores e da Defesa, e 60 diretores executivos de grandes empresas. EFE