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Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 13h12.
Críticas à tolerância dos investidores em relação aos desequilíbrios dos mercados marcaram o início do 36º Fórum Econômico Mundial, que começou nesta quarta-feira (25/1), na cidade suíça de Davos. Em sua palestra, o economista-chefe do banco Morgan Stanley, Stephen Roach, afirmou que os investidores demonstram um "perigoso grau de complacência", ao supor que a economia mundial pode continuar a se expandir sem corrigir seus desequilíbrios.
Um exemplo são os grandes déficits comercial e fiscal dos Estados Unidos, segundo o americano The Wall Street Journal. De acordo com Roach, os bancos centrais da Ásia são responsáveis por estimular esse desbalanceamento, porque sustentaram a economia americana por meio da compra de títulos públicos por muito mais tempo que o recomendável.
Os consumidores americanos, considerados por Roach como o elo mais fraco e, ao mesmo tempo, mais importante da economia mundial, continuam a liderar sua expansão por meio do aumento dos gastos. Mas a dúvida é até quando isso será possível, já que a economia real dos Estados Unidos, expressa, entre outros, pelo desempenho do mercado imobiliário, dá sinais de desaquecimento. O mercado de hipotecas principal meio de financiar os imóveis no país por exemplo, recuou 45% em relação ao pico do ano passado.