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Músico sírio diz que decreto de Trump insulta humanidade

O clarinetista e compositor, que foi aplaudido de pé em Beirute no último concerto de sua turnê mais recente, é portador de um green card e mora em NY

Kinan Azmeh: "Seja como for que você o encare, é um insulto à humanidade, a todos nós", disse o artista de 40 anos (Mohamed Azakir/Reuters)

Kinan Azmeh: "Seja como for que você o encare, é um insulto à humanidade, a todos nós", disse o artista de 40 anos (Mohamed Azakir/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 16h37.

Beirute - O músico sírio Kinan Azmeh passou anos excursionando pelo mundo e foi aclamado mundialmente, mas sua volta para os Estados Unidos, onde mora, se tornou uma incerteza.

O clarinetista e compositor, que foi aplaudido de pé em Beirute no último concerto de sua turnê mais recente, na noite de quarta-feira, é portador de um green card, documento de estrangeiros que vivem legalmente nos EUA, e mora em Nova York.

Mas o decreto do presidente norte-americano, Donald Trump, detendo a entrada de refugiados e imigrantes de sete países de maioria muçulmana no país criou dúvidas a respeito de seu planos - e de milhares de outros.

"Seja como for que você o encare, é um insulto à humanidade, a todos nós", disse o artista de 40 anos à Reuters.

Nascido e criado em Damasco, Azmeh reside há 16 anos nos EUA, onde recebeu seu doutorado em música.

No mês passado ele se apresentou na China com o violoncelista Yo-Yo Ma, e seu giro recente o levou à Europa e depois a Beirute na sexta-feira, quando o decreto entrou em vigor, causando problemas para muitos aspirantes a viajantes e mergulhando o sistema imigratório dos EUA no caos.

O decreto presidencial de Trump deteve por 120 dias o programa de refugiados, impediu a entrada de refugiados sírios indefinidamente e impôs uma suspensão de 90 dias ao ingresso de pessoas oriundas de sete países majoritariamente muçulmanos - Síria, Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.

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