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Mursi resiste em revogar decreto que lhe concede amplo poder

O presidente egípcio reiterou, porém, que o decreto terá validade temporária até a nova Constituição entrar em vigor


	Mohamed Mursi: o presidente do Egito  negou que a medida seja ditatorial
 (Alberto Pizzoli/AFP)

Mohamed Mursi: o presidente do Egito  negou que a medida seja ditatorial (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 07h49.

Brasília - O presidente do Egito, Mhouhamed Mursi, disse ontem (29), em entrevista à emissora estatal de televisão egípcia, que manterá o decreto editado por ele, ampliando seus poderes e reduzindo a força do Judiciário e do Legislativo. Mursi reiterou, porém, que o decreto terá validade temporária até a nova Constituição entrar em vigor, o que ainda não tem data para ocorrer.

Em entrevista à emissora estatal, Mursi disse que o Judiciário tem o direito de se manifestar sobre questões políticas. Ele negou que a medida seja ditatorial. O presidente acrescentou que no Egito “não há lugar para a ditadura”. Pelo decreto, as decisões presidenciais não podem ser contestadas.

O decreto de Mursi causou protestos em várias cidades do Egito. Os manifestantes saíram às ruas para protestar contra a decisão do presidente. A Praça Tahrir, que no ano passado virou o símbolo de resistência, deverá ser hoje ocupada para manifestações. Manifestantes ocuparam o local em fevereiro do ano passado e exigiram a renúncia do então presidente Hosni Mubarak, que acabou deixando o poder.

A previsão é que movimentos sociais e de oposição promovam hoje (30) mais um dia de protestos, após as orações muçulmanas. Há manifestações organizadas no Cairo, capital do Egito, onde na semana passada os protestos provocaram vítimas. Com informações da emissora estatal de televisão do Japão, NHK.

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