Mundo

Mursi quer conhecer projeto brasileiro para reduzir pobreza

O objetivo da visita do presidente egípcio ao Brasil é incrementar o comércio bilateral e conhecer os programas brasileiros de transferência de renda


	Mohamed Mursi: ele está interessado em conhecer as ações referentes ao combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar
 (Fayez Nureldine/AFP)

Mohamed Mursi: ele está interessado em conhecer as ações referentes ao combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar (Fayez Nureldine/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 10h02.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff se reúne hoje (8), a partir das 11h, com o presidente egípcio, Mouhamed Mursi, em seguida, eles almoçam no Itamaraty. É a primeira visita de um presidente do Egito ao Brasil.

Mursi ficará no país até amanhã (9) para encontros com autoridades, empresários e representantes da comunidade de língua árabe. O objetivo da visita é incrementar o comércio bilateral e conhecer os programas brasileiros de transferência de renda.

Mursi enviou mensagens às autoridades brasileiras em que mostra interesse em conhecer os detalhes dos programas de transferência de renda, que reduziram a pobreza e a fome no Brasil, e também os projetos para a geração de emprego e renda.

No Egito, a sociedade é formada por 60% de jovens que reclamam por mais oportunidades de trabalho e melhoria da qualidade de vida.

“O presidente Mursi vem ao Brasil porque está especialmente interessado nas novas tecnologias sociais para a melhoria da qualidade de vida no Egito”, disse o subsecretário-geral político 3 do Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, o embaixador Paulo Cordeiro, lembrando que Mursi e Dilma conversaram, no ano passado, em Nova York, nos Estados Unidos.

Mursi participará, no Itamaraty, de uma espécie de apresentação dos ministros das áreas econômica e social para explicações detalhadas sobre os projetos de interesse do governo egípcio.

Ele está interessado em conhecer as ações referentes ao combate à fome e à pobreza, além da distribuição da merenda escolar. Com quase 90 milhões de habitantes, o Egito é o país mais populoso do mundo árabe. Mursi se elegeu, em 2012, prometendo melhorar a situação econômica e social do país.


Antes das reuniões com Dilma e as autoridades brasileiras, o egípcio deve ir à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). À tarde estão previstas visitas à Câmara e ao Senado. Depois segue para São Paulo, onde se reúne com empresários de vários setores e conversa com representantes da comunidade de língua árabe.

A visita de Mursi ao Brasil é a última etapa das viagens do presidente egípcio aos integrantes do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na visita ao Brasil, Mursi deve defender o interesse de o Egito fazer parte do grupo de países emergentes. A próxima Cúpula do Brics será no Brasil, em 2014.

Autoridades egípcias informaram que Mursi quer ampliar a cooperação comercial, econômica e industrial, além de atrair mais investimentos brasileiros para o Egito.

Desde o fim do governo de Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, o Egito enfrenta momentos de instabilidade política, econômica e social.

O governo tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e nos investimentos estrangeiros. Além disso, o atual governo sofreu uma série de manifestações violentas.

De 2002 a 2012, o volume de comércio entre Brasil e Egito cresceu sete vezes, evoluindo de US$ 410 milhões para US$ 2,96 bilhões. Nos últimos dois anos, o fluxo comercial bilateral cresceu 38%.

Empresas brasileiras informam que têm interesse em investimentos em obras de infraestrutura de energia e transportes no Egito, além das oportunidades oferecidas pelo maior mercado consumidor do mundo árabe.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoMohamed MursiPobrezaPolíticos

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições