Barreira na fronteira do México com os EUA na cidade de Tijuana (Justin Sullivan/Getty Images)
AFP
Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 10h21.
O muro na fronteira entre Estados Unidos e México deve ser concluído dentro de dois anos, afirmou na quarta-feira o secretário americano de Segurança Interna, John Kelly.
"O muro será construído primeiro onde é necessário, e depois será completado. É assim que eu vejo", disse o general da reserva ao canal Fox News.
"Eu realmente espero que seja feito nos próximos dois anos", completou.
O presidente americano, Donald Trump, assinou em 25 de janeiro um decreto que tem como objetivo "garantir a segurança da fronteira sul dos Estados Unidos com a construção imediata de um muro".
O decreto provocou uma grave crise diplomática com o México, país que Trump deseja que pague pelo muro, ao mesmo tempo que representa o início da execução da mais emblemática de suas promessas de campanha: a construção de um muro ao longo dos 3.200 quilômetros de fronteira para conter a imigração ilegal. Quase um terço desta fronteira já conta com barreiras.
Kelly, que será responsável por supervisionar o planejamento e a construção do muro, disse que a proteção da fronteira sul acontecerá com "uma abordagem a vários níveis" que incluirá barreiras físicas, assim como equipamentos tecnológicos "e coisas assim".
Ele disse que o governo Trump "já dispõe da autoridade" com as regras existentes para iniciar o projeto. O general também se mostrou otimista a respeito do "aspecto financeiro".
Trump anunciou um projeto que custaria entre 4 e 10 bilhões de dólares, mas para os arquitetos e engenheiros que estudaram o tema a conta será muito maior. O MIT Technology Review, por exemplo, considerou em um artigo que 1.609 quilômetros de muro custariam entre 27 e 40 bilhões de dólares.
"Acredito que o financiamento virá relativamente rápido", declarou Kelly, que espera o início da construção em poucos meses.
A Casa Branca pode destinar recursos existentes ao projeto, mas o Congresso controlado pelos republicanos tem que aprovar fundos adicionais.