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Mundo quer ajudar Nigéria a encontrar meninas sequestradas

Mais de 200 estudantes foram sequestradas no país em meados de abril pelo grupo armado islamita Boko Haram


	Goodluck Jonathan: presidente nigeriano disse estar feliz com o apoio de Israel contra o terrorismo
 (Chris McGrath/Getty Images)

Goodluck Jonathan: presidente nigeriano disse estar feliz com o apoio de Israel contra o terrorismo (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2014 às 17h41.

Lagos - A mobilização internacional para ajudar a Nigéria a encontrar as mais de 200 estudantes sequestradas em meados de abril pelo grupo armado islamita Boko Haram ganhou o apoio de Israel, enquanto Paris tenta organizar uma cúpula africana.

O presidente francês, François Hollande, anunciou neste domingo uma cúpula de líderes africanos, a ser realizada no próximo sábado em Paris, para discutir a segurança na Nigéria.

"Eu propus, com o presidente nigeriano Goodluck Jonathan, um encontro dos países que fazem fronteira com a Nigéria", disse o chefe do Estado francês em visita ao Azerbaijão, indicando que a "reunião deve acontecer, se os países concordarem, no próximo sábado", 17 de maio, em Paris.

O encontro será dedicado a questões de segurança, incluindo sobre o grupo islâmico armado Boko Haram, segundo a comitiva do presidente francês.

Em visita oficial ao Japão, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, por sua vez, ter oferecido ajuda ao presidente Goodluck Jonathan

"Israel manifesta a sua consternação com o crime contra essas adolescentes", declarou Netanyahu. "Estamos prontos para ajudar a localizar as meninas e combater o cruel terrorismo que nos abate", indicou em um comunicado.

Especialistas americanos, britânicos e franceses já estão na Nigéria para participar das operações de busca. A China também se ofereceu para compartilhar informações recolhidas pelos seus serviços de inteligência e satélites.

"A Nigéria está muito feliz por ter o apoio da experiência de Israel na luta contra o terrorismo", declarou Jonathan neste domingo à noite em um comunicado.

O presidente nigeriano, muito criticado pela lentidão e inoperância, tanto por familiares como por ativistas, afirmou que "está otimista" com as operações, graças ao apoio logístico da comunidade internacional.

No dia 14 de abril, o Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", atacou uma escola do ensino médio de Chibok, no nordeste da Nigéria, sequestrando 276 adolescentes, entre elas 223 continuam cativas, segundo a polícia.

A pressão internacional cresceu após a divulgação da mensagem do líder do grupo islamita Boko Haram, Abubakar Shekau, que ameaçou vender as jovens como escravas.

Neste fim de semana, um novo vilarejo foi atacado pelo grupo extremista. Liman Kara foi completamente destruído sexta-feira à noite e seus habitantes, alertados da chegada dos agressores, fugiram da localidade, segundo testemunhas.

Na capital Abuja, a polícia tentou impedir uma nova manifestação em apoio às vítimas.

Uma dúzia de veículos da polícia e agentes com canhões de água se posicionaram ao redor da Fonte da Unidade, no centro da cidade.

"Eles fizeram tudo que podiam para nos tirar, mas nós avisamos que não partiríamos", disse à AFP o ex-vice-diretor do Banco Mundial e ex-ministro nigeriano Obiageli Ekwesili, à frente do movimento #bringbackourgirls

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