Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 16h26.
São Paulo - Um vídeo de quinze minutos chamado "Innocence of Muslims" (Inocência de Muçulmanos) causou uma onda de protestos que se espalhou pelo mundo islâmico nos últimos dias. O auge da revolta ocorreu há dois dias em Benghazi, na Líbia, onde o embaixador norte-americano J. Christopher Stevens foi morto junto com outros três funcionários da embaixada.
O vídeo polêmico mostraria Maomé, profeta dos muçulmanos, como pervertido e pedófilo. A religião muçulmana não permite nem mesmo a reprodução da imagem do profeta. O autor do filme teria sido um homem com o pseudônimo “sambacile”.
Dizendo ser o diretor e roteirista do vídeo, um homem deu entrevistas a diversas agências de notícias e órgãos de imprensa, fazendo comentários islamofóbicos e afirmando ter arrecadado dinheiro entre doadores judeus para fazer o filme.
Como reação, na terça-feira, no Cairo, manifestantes subiram no muro da embaixada dos EUA, rasgaram a bandeira do país e substituíram por uma com os dizeres: “não há deus além de Alá, e Maomé é seu profeta”. Nesta quinta, a embaixada americana em Sanaa, capital do Iêmen, também foi invadida.
Na contramão de protestos violentos, líbios saíram às ruas hoje para protestar contra o atentado em Benghazi, criticando o ato que resultou na morte do embaixador americano.
A secretária de Estado americano, Hillary Clinton condenou o filme “Innocence of the Muslims”, chamando-o de “repugnante e repreensível”. Ao mesmo tempo, ela classificou a violenta resposta como “inaceitável”.