Diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (Christopher Black/OMS/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de junho de 2020 às 13h46.
Última atualização em 24 de junho de 2020 às 13h46.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta quarta-feira estimar que o número de casos do novo coronavírus no mundo, que atualmente está em torno de 9,3 milhões, chegará a 10 milhões na próxima semana.
Tedros disse também, em coletiva de imprensa, que apoia a decisão da Arábia Saudita de proibir peregrinos do exterior de participarem da peregrinação anual do Haj para ajudar a conter a disseminação do vírus.
Ele disse que a OMS agora está apoiando muitos países no enfrentamento das dificuldades de obter concentradores de oxigênio, dispositivos que aumentam o fluxo de oxigênio para ajudar na respiração de pacientes de Covid-19. "A demanda está superando a oferta", disse ele.
Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que a pandemia ainda não atingiu seu pico em muitos países das Américas, e que "ainda é intensa", especialmente na América Central e do Sul.
"Eu caracterizaria a situação como ainda em evolução, ainda não tendo atingido seu pico e provavelmente resultando em um número elevados de novos casos e mortes nas próximas semanas", disse Ryan.
Muitos países da região registraram aumentos de 25% a 50% nos casos na última semana, disse ele.
Ryan também afirmou que o programa de testes de coronavírus do Reino Unido pode ajudar a mostrar como o vírus se dissemina no país.
"A testagem no Reino Unido aumentou, o sistema de vigilância é capaz de entender onde o Reino Unido está", disse ele, acrescentando que muitos países, incluindo o Reino Unido, "lutaram arduamente" e estão executando uma saída segura do isolamento.
"O Reino Unido está adotando uma abordagem gradual, o Reino Unido está ouvindo a ciência", disse Ryan.