Mulher acompanha uma vítima de um atentado no Afeganistão: vítimas iam para um casamento quando o ônibus em que viajavam explodiu (Rahmatullah Alizada/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 10h04.
Ghanzi - Um suspeito de ter colocado a bomba de fabricação caseira que matou 18 pessoas no domingo, na província de Ghazni (centro do Afeganistão), foi linchado por uma multidão revoltada, informaram nesta segunda-feira fontes locais.
As vítimas iam para um casamento quando o ônibus em que viajavam explodiu com a bomba, no distrito de Andar no domingo.
Pouco depois da explosão, os habitantes da região foram até a casa de um homem suspeito de estar vinculado aos talebans e o encontraram escondido no galinheiro, informou à AFP o governador da província, Mohammad Ali Ahmadi.
Na casa também acharam um detonador.
O homem acabou morrendo na surra de paus e pedras que levou da multidão. Seu corpo ainda foi crivado de balas.
"Tinha ao menos 200 balas no corpo", declarou Ahmadi.
Segundo ele, o homem teria confessado antes de morrer que havia outra bomba.
O atentado não foi reivindicado, mas as bombas artesanais fazem parte das armas preferidas pelos talebans, que conduzem uma violenta insurreição no Afeganistão depois que a coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos os expulsou do poder em 2001.
No primeiro semestre de 2013, os artefatos explosivos artesanais deixaram 443 mortos e 917 feridos no país, um terço a mais que no mesmo período em 2012, segundo um relatório da ONU, que enfatiza que estas bombas são a primeira causa de vítimas civis do conflito (35%).