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Mulher do ministro do Turismo usa servidor público como chofer, diz jornal

Além de pagar uma governanta com verba pública por sete anos, a esposa de Pedro Novais usou um funcionário público como motorista particular, segundo Folha de S. Paulo

O ministro Novais chegou a pagar um motel no mês de junho de 2010 com sua cota de deputado (José Cruz/ABr)

O ministro Novais chegou a pagar um motel no mês de junho de 2010 com sua cota de deputado (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2011 às 12h58.

São Paulo - A mulher do ministro Pedro Novais, Maria Helena de Melo, usa um funcionário da Câmara dos Deputados como seu motorista particular, afirma reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. Segundo o texto, o servidor público Adão dos Santos Pereira era contratado do gabinete do deputado Francisco Escórcio, do PMDB do Maranhão, até ontem, quando foi exonerado. Adão recebia um salário entre R$ 901,61 e R$ 1.803,22.

De acordo com a Folha de hoje, os outros funcionários do gabinete de Escórcio nunca tinham ouvido falar o nome do motorista. Segundo a reportagem, Pereira foi contratado pelo deputado Francisco Escórcio em julho de 2010, mas nunca compareceu ao gabinete. Sua demissão ocorreu depois que Escórcio soube que o jornal estava fazendo uma reportagem sobre o caso. Novais e Escórcio são aliados políticos apadrinhados pelo presidente do Senado, José Sarney.

O servidor foi flagrado pela Folha nas duas últimas semanas fazendo compras para Novais em supermercados e transportando sua esposa Maria Helena para visitar lojas em Brasília. Pedro Novais respondeu às denúncias sobre o chofer dizendo que ele era seu motorista quando ele ainda era deputado antes de assumir o ministério do Turismo. Adão dos Santos Pereira chegou a atender um telefonema da reportagem do jornal, mas disse que não estava ouvindo direito e não atendeu as demais ligações.

Sequência de escândalos

É o segundo dia seguido de denúncias contra Novais. Ontem, outra reportagem da Folha afirmou que o ministro manteve Doralice de Souza por sete anos como sua empregada particular na Câmara, recebendo salário como secretária. Doralice, no entanto, teria atuado como governanta na residência de Novais, sem nunca ter dado expediente no gabinete dele, quando era deputado.

Em dezembro do ano passado, o ministro teve que se explicar sobre R$ 2.156 de sua cota de deputado gastos para pagar um motel no mês de junho.

A presidente Dilma Rousseff, diante de aliados, demonstrou esperar que Pedro Novais deixe o ministério. Dilma não quer demiti-lo para não aumentar a insatisfação do PMDB com o governo. No entanto, dentro da legenda, nem o Vice-Presidente da República e peemedebista Michel Temer espera que Novais fique no cargo.

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