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Mulher de Ghosn faz apelo a líderes do G20 por ajuda ao marido

Carole afirmou que "direitos humanos básicos" do marido foram violados e pediu que Trump e Macron cobrem ministro japonês sobre o caso

Ghosn e esposa: Carole fez apelo para líderes pelo marido preso (Issei Kato/File Photo/Reuters)

Ghosn e esposa: Carole fez apelo para líderes pelo marido preso (Issei Kato/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2019 às 13h22.

Tóquio - A mulher do presidente deposto da Nissan, Carlos Ghosn, novamente recorreu aos líderes mundiais, que se reuniram no Japão para a cúpula do G20, para tentar dar visibilidade ao caso do marido, que enfrenta denúncias no país por supostas irregularidades financeiras.

Ghosn, com nacionalidades francesa, libanesa e brasileira, nega as acusações e afirma ser vítima de um golpe do conselho da Nissan Motor. Embora tenha sido solto da prisão sob pagamento de fiança, seu contato com a esposa continua limitado.

Carole recorreu aos líderes, inclusive o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente francês, Emmanuel Macron, a cobrarem o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pelo que ela várias vezes chamou de "sistema judiciário sequestrador" do país.

"Os direitos humanos básicos do meu marido foram violados. E tudo isso aconteceu porque algumas pessoas na Nissan estavam trabalhando para evitar uma fusão entre a Nissan e a Renault, que resultou em um golpe corporativo", disse ela, em um comunicado, neste sábado.

Seus comentários chegam um dia depois de Ghosn cancelar abruptamente o que teria sido sua primeira entrevista coletiva desde a prisão, em Tóquio, em novembro. Seus advogados citaram preocupações de que isso resultaria em retaliações das autoridades japonesas.

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