O presidente do Uruguai, José Mujica: uma das justificativas para o projeto de lei é a “vocação integracionista” do país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h36.
Enquanto você lê este artigo, está em avaliação no Uruguai um projeto de lei que, se aprovado, dará a "nosotros" o direito de morar permanentemente no Uruguai, a Pasárgada dos hippies latinos.
O presidente uruguaio, José Pepe Mujica, enviou ao parlamento um projeto de lei que dá residência permanente "automática" no Uruguai a todos os cidadãos dos países do Mercosul. Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru podem cruzar os dedos.
Deputados e senadores ainda precisam votar para a aprovação da medida, que modifica a lei de Migração número 18.250. Outros estrangeiros deverão seguir trâmites mais rigorosos com mais exigências, segundo o jornal uruguaio El País.
Uma das justificativas para o projeto de lei é a “vocação integracionista” do país. “(O projeto) é parte de uma política de imigração com base em uma perspectiva de direitos e em linha com os compromissos nacionais assumidos”, em referência ao acordo do Mercosul em 2002.
O projeto de lei enviado ao Parlamento também facilita a residência permanente no país a cônjuges, pais, irmãos e netos de uruguaios.
Em 2013, houve um salto considerável de busca de residência permanente no Uruguai. Somente no ano passado, o Uruguai deu residência permanente a 1.645 cidadãos argentinos, sendo que em 2012 foram 461. O número total de residências permanentes em 2013 foi 5.885, contra 2.426. Em tempo: o Uruguai só legalizou a produção e o comércio da maconha em dezembro do ano passado.