Soldado da Minustah: atual mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti termina em junho de 2014 (AFP / Vanderlei Almeida)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h41.
Montevidéu - O presidente do Uruguai, José Mujica, pediu nesta segunda-feira ao Ministério das Relações Exteriores para coordenar com os países da União de Nações Sul-Americanas a retirada antecipada de militares uruguaios do Haiti, disse à Reuters o ministro da Defesa, Eleuterio Fernández Huidobro.
Durante o Conselho de Ministros, o presidente manifestou a intenção de promover o retorno de tropas diante do atual cenário de estabilidade no Haiti, mas não estipulou uma data específica.
O atual mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), comandada pelo Brasil e implantada há nove anos, termina em junho de 2014.
"O presidente fez uma estimativa política, no sentido de que num prazo não muito longo se teria que retirar todo o contingente, mas isso tem de ser coordenado com outros países da Unasul e com o Conselho de Segurança", disse Fernández Huidobro.
"Outros países (da Unasul) estão pensando a mesma coisa, por isso não vai ser difícil trocar ideias", acrescentou.
As nações com forças destacadas no Haiti como parte do bloco político sul-americano são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.
A Organização das Nações Unidas vem aplicando uma redução progressiva das tropas no Haiti, que totalizaram 12.300 soldados após um forte terremoto, em janeiro de 2010, que matou 300 mil pessoas.
Atualmente, há 8.690 efetivos no país mais pobre das Américas, dos quais 6.233 são soldados e 2.457 policiais, de acordo com dados oficiais de 31 de agosto.
A última resolução do Conselho de Segurança da ONU estipulou uma redução do quadro de funcionários no Haiti para 5.021 soldados e 2.601 policiais. O Uruguai enviou cerca de 950 soldados ao Haiti.