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Mujica parabeniza Cartes e o convida para cúpula do Mercosul

O Paraguai está suspenso desde o ano passado do bloco


	Horacio Cartes exibe o dedo sujo de tinta após votar: a realização de eleições pacíficas e democráticas foi a condição imposta pelo membros do Mercosul para retirar a suspensão do Paraguai
 (AFP / Pablo Porciuncula)

Horacio Cartes exibe o dedo sujo de tinta após votar: a realização de eleições pacíficas e democráticas foi a condição imposta pelo membros do Mercosul para retirar a suspensão do Paraguai (AFP / Pablo Porciuncula)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h43.

Montevidéu - O presidente do Uruguai, José Mujica, parabenizou nesta segunda-feira Horacio Cartes por seu triunfo nas eleições paraguaias e o convidou a participar da próxima cúpula do Mercosul.

O Paraguai está suspenso desde o ano passado do bloco. Em comunicado, Mujica elogiou a "normalidade" das eleições, prometeu assistir a posse de Cartes e o convidou para a cúpula que será realizada em junho em Montevidéu. O Uruguai está atualmente com a presidência rotativa do Mercosul.

Mujica, que conversou ontem à noite com Cartes, disse ao político do Partido Colorado que "para o Uruguai é muito importante que tenham se realizado estas eleições com normalidade e que o país irmão viva a democracia em plenitude".

"O presidente do Uruguai antecipou sua vontade de participar da posse de Horacio Cartes e obviamente o convidou para que venha ao Uruguai por ocasião da próxima Cúpula do Mercosul, que será realizado em junho", disse o comunicado.

Cartes assistiria a reunião multilateral antes de se efetivar como presidente eleito, pois sua posse está prevista para 15 de agosto.

Se o país não estivesse suspenso do bloco, o normal seria que o atual presidente do Paraguai, Federico Franco, participasse da reunião.


A realização de eleições pacíficas e democráticas foi a condição imposta pelo membros do Mercosul para retirar a suspensão do Paraguai, imposta em 22 de junho de 2012 em função da destituição do presidente do Fernando Lugo em um julgamento político no Congresso.

O processo foi considerado um "golpe de Estado parlamentar" pelos demais membros do grupo, Brasil, Argentina e Uruguai. Após a suspensão do Paraguai, os três países aproveitaram a situação para aprovar a entrada da Venezuela no bloco.

A entrada definitiva deste país no Mercosul, autorizada antes por Brasil, Uruguai e Argentina, era travada pela negativa do Senado do Paraguai.

O empresário Horacio Cartes venceu no domingo as eleições paraguaias com 45,91% dos votos e com isso o Partido Colorado recuperou o poder.

O rival de Cartes, Efraín Alegre, do governante Partido Liberal, obteve 36,84%, segundo dados oficiais correspondentes à apuração de 81,06% dos votos.

Como candidato, Cartes declarou nas últimas semanas que "é preciso se sentar e ver como solucionar" a situação de seu país no Mercosul, além de considerar que "Venezuela não é o verdadeiro problema".

O Paraguai também permanece suspenso da União Sul-Americana de Nações pelas mesmas razões. 

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