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Mujica: Argentina deve se unir ao Brasil em integração

"A Argentina teria que acompanhar (a integração) e não acompanha porra nenhuma", disse Mujica em entrevista a jornal argentino


	José Mujica: "A Argentina teria que acompanhar (a integração) e não acompanha porra nenhuma"
 (Norberto Duarte/AFP)

José Mujica: "A Argentina teria que acompanhar (a integração) e não acompanha porra nenhuma" (Norberto Duarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2015 às 13h37.

São Paulo - O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou neste domingo, em entrevista ao jornal Perfil, que a Argentina deveria se somar a uma integração regional liderada pelo Brasil.

"A Argentina teria que acompanhar (a integração) e não acompanha porra nenhuma. Ao contrário, é como se a Argentina tivesse retrocedido a uma visão dos [anos] 1960", disse o presidente, consultado sobre os blocos Mercosul, o qual integra ao lado de Brasil, Argentina, Paraguai e Venezuela, e a Unasul, que reúne os países da América do Sul.

Para Mujica, "a integração precisa de uma liderança e essa liderança se chama Brasil".

"Sabem quem são os mais integracionistas? Os países pequenos, como os nossos; por necessidade, porque vamos correndo atrás", disse o presidente, que em 1º de março passará o poder ao seu sucessor, Tabaré Vázquez, do mesmo partido, a Frente Ampla, que reúne as forças da esquerda e da centro-esquerda.

O chefe de Estado uruguaio disse que "enquanto tem vento de popa, a Argentina se esquece da integração; quando as coisas vão bem, vai para o outro lado: o Brasil também".

"Vou te contar um segredo: a presidente do Brasil [Dilma Rousseff] me disse uma vez: "Ai, Pepe, é preciso ter paciência estratégica com a Argentina…!", relatou.

As relações econômicas dentro do Mercosul, particularmente entre Uruguai e Argentina, passam por momentos de desacordos e dificuldades.

"O Brasil tem aguentado de tudo com os argentinos, de tudo... Mas não quer perdê-los como aliados. A Argentina acaba sendo determinante em tudo. O que a Argentina fizer ou não fizer vai incidir no rumo que o Brasil tomar", disse o presidente uruguaio, que desfruta de um elevado índice de popularidade em seu país e foi guerrilheiro do movimento de esquerda Tupamaros.

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