O presidente da China, Xi Jinping, surpreendeu o país ao assinar um decreto presidencial que trouxe mudanças significativas na liderança do governo, nesta terça-feira, 24. As decisões anunciadas incluem a destituição de três ministros de alto escalão e a nomeação de novos líderes para cargos-chave.

O mais notável entre os destituídos foi Li Shangfu, que perdeu sua posição como Conselheiro de Estado e Ministro da Defesa. Ainda não está claro o motivo por trás dessa decisão repentina. Qin Gang, anteriormente Ministro das Finanças, também foi retirado de seu cargo de Conselheiro de Estado. Sua destituição ocorre apenas sete meses após sua nomeação, tornando-o um dos ministros de Relações Exteriores com o mandato mais curto na história da China. Além disso, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Wang Zhigang, foi retirado de sua posição, com Yin Hejun sendo nomeado como seu sucessor.

Um ponto de destaque nessa reorganização é a nomeação de Lan Fo’an como novo Ministro das Finanças. Com quase 30 anos de experiência no sistema de auditoria financeira da província de Guangdong, a maior economia da China, Lan Fo’an é considerado um “funcionário especializado” em assuntos financeiros. Ele é conhecido por sua defesa da avaliação de desempenho em gastos públicos, propondo que a alocação de fundos seja baseada em avaliações de desempenho, promovendo maior transparência no uso dos recursos financeiros do governo.

Essas mudanças na liderança do governo chinês ocorrem em um momento em que a economia chinesa enfrenta desafios, incluindo desaceleração do crescimento, receitas fiscais estagnadas e crescente pressão financeira sobre os governos locais devido a dívidas em crescimento. Como resultado, o trabalho financeiro do governo chinês se tornou mais complexo, e a nomeação de Lan Fo’an como Ministro das Finanças sugere uma possível mudança de direção nas políticas financeiras do país.

Embora as razões por trás dessas mudanças na liderança do governo chinês ainda não estejam claras, elas certamente terão implicações significativas na governança e nas políticas do país nos próximos anos. A China observa atentamente como esses novos líderes enfrentarão os desafios econômicos e políticos em um cenário internacional em constante evolução.