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Mudanças devem evitar outra tragédia em Gaza, diz Obama

O presidente americano pediu mudanças no Oriente Médio que evitem outra tragédia como a vivida em Gaza


	Barack Obama: "temos que encontrar um caminho para mudar o status quo"
 (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: "temos que encontrar um caminho para mudar o status quo" (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 14h44.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira mudanças no Oriente Médio que evitem outra "tragédia" como a vivida em Gaza há alguns meses e, ao mesmo tempo, garantam a segurança de Israel.

"Temos que encontrar um caminho para mudar o status quo" entre israelenses e palestinos, disse Obama antes de se reunir com o primeiro- ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca.

Segundo Obama, o objetivo é que os israelenses "tenham segurança em suas casas e os estudantes nos colégios perante a possibilidade do lançamento de um foguete", mas também que não se repita "a tragédia de crianças palestinas assassinadas".

O líder americano antecipou que, durante sua reunião com Netanyahu no Salão Oval, ambos preveem dialogar sobre a situação da reconstrução de Gaza após o último conflito armado na Faixa, que deixou em julho e agosto um saldo de mais de 2,1 mil mortos, na grande maioria civis palestinos.

Netanyahu, por sua vez, sustentou que segue "comprometido" em alcançar a paz entre israelenses e palestinos com "dois Estados para dois povos".

A última vez que Obama e Netanyahu se reuniram foi em março, quando ainda estavam sendo realizadas as negociações de paz entre israelenses e palestinos auspiciadas pelos EUA e que depois foram paralisadas, fundamentalmente por causa da ofensiva lançada pelo Exército de Israel em Gaza.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu na semana passada à ONU que o Conselho de Segurança aprove uma resolução que exija que Israel se retire dos territórios palestinos ocupados, como passo prévio a um reatamento das negociações de paz.

Enquanto isso, Netanyahu, em seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU, afirmou que a última ofensiva de Israel em Gaza foi para proteger suas crianças dos foguetes do Hamas e censurou essa organização por utilizar civis como "escudos humanos" durante o conflito.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU criou uma comissão que investigará se o direito internacional foi violado perante as suspeitas que se registraram crimes de guerra em Gaza.

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