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Mudança climática está acabando com oxigênio dos oceanos, diz relatório

Estudo divulgado no mesmo momento da COP-25 mostra que tubarões, atuns e marlins estão ameaçados

A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório (PlanctonVideo/Thinkstock)

A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório (PlanctonVideo/Thinkstock)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de dezembro de 2019 às 14h11.

Rio - As mudanças climáticas e acidificação estão acabando com o oxigênio dos oceanos e ameaçam muitas espécies, de acordo com o maior estudo sobre o assunto publicado neste sábado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), no momento em que ocorre, em Madri, a Conferência do Clima da ONU (COP-25).

A taxa global de oxigênio nos oceanos diminuiu cerca de 2% entre 1960 e 2010, segundo o relatório. A perda das reservas de oxigênio pode ser de 3 a 4% até 2100 se as emissões continuarem aumentando no ritmo atual.

As conclusões indicam que a perda de oxigênio "constitui uma ameaça crescente para a pesca e para alguns grupos de espécies como atuns, marlins e tubarões", segundo a IUCN, que mantém uma "lista vermelha" de referência sobre as espécies ameaçadas no mundo.

"À medida que os oceanos perdem o oxigênio pelo aquecimento, o delicado equilíbrio da vida marinha enfraquece", disse Grethel Aguilar, diretor geral interino da IUCN.

A desoxigenação é explicada principalmente por dois fenômenos: o aumento "de nutrientes dos continentes e dos depósitos de nitrogênio derivados do uso de combustíveis fósseis" e "o aquecimento das águas oceânicas devido às mudanças climáticas".

A IUCN analisou 700 lugares no mundo, geralmente perto da costa ou em mares semi-fechados, com baixa taxa de oxigênio, em comparação com 45 na década de 1960.

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