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Muçulmana é expulsa de comício do republicano Donald Trump

A mulher usava uma blusa verde que dizia: "Salam. Eu venho em paz"


	O candidato à Casa Branca Donald Trump. Muçulmna usava uma blusa verde que dizia: "Salam. Eu venho em paz".
 (Dominick Reuter/AFP)

O candidato à Casa Branca Donald Trump. Muçulmna usava uma blusa verde que dizia: "Salam. Eu venho em paz". (Dominick Reuter/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2016 às 14h37.

Uma muçulmana foi expulsa de um comício de campanha do empresário Donald Trump, apontado como favorito para indicação do Partido Republicano como candidato à Presidência dos Estados Unidos.

Imagens de televisão gravadas no comício, na Carolina do Sul, mostram a comissária de bordo Rose Hamid, de 56 anos, usando um lenço na cabeça e uma blusa verde que dizia: "Salam. Eu venho em paz".

A manifestante ficou em silêncio olhando para o palanque onde estava Trump. Mais tarde, abandonou o local, escoltada por apoiadores do empresário, que empunhavam cartazes diante do rosto da mulher. Segundo Rose Hamid, um dos militantes gritou que ela tinha uma bomba.

Donald Trump, que lidera as pesquisas para a indicação republicana para concorrer à Casa Branca, provocou polêmica no mês passado, quando pediu a proibição temporária da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos. Trump defendeu a proibição na sequência de um ataque na Califórnia por um casal muçulmano radical que matou 14 pessoas.

"Há [um] ódio contra nós que é inacreditável", disse Trump, de acordo com a CNN, depois de Rose Hamid e vários outros terem sido expulsos do comício. Rose respondeu a Trump afirmando "é o seu ódio, não é nosso ódio".

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas, condenou a expulsão de Rose Hamid do evento e instou Donald Trump a desculpar-se. "A imagem de uma mulher muçulmana sendo abusada e expulsa de um comício político envia uma mensagem assustadora para os muçulmanos americanos", disse o diretor executivo do conselho, Nihad Awad, em comunicado.

Os muçulmanos têm enfrentado nos Estados Unidos reações públicas desde os atentados terroristas de novembro em Paris e o ataque de San Bernardino, na Califórnia, em 2 de dezembro.

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