Mubarak foi condenado à prisão perpétua por sua cumplicidade na morte de manifestantes durante as revoltas que levaram a sua renúncia, em fevereiro de 2011 (Arnd Wiegmann/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2012 às 13h58.
Cairo - O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak se encontra em coma desde a noite de ontem, após sofrer uma trombose, informaram nesta quarta-feira à Agência Efe fontes médicas que o acompanharam em sua transferência do hospital da prisão de Tora a um centro médico do Exército, também no Cairo.
As fontes explicaram que o ex-mandatário, de 84 anos, ainda está em coma porque os médicos não conseguiram dissolver o coágulo existente em seu cérebro, e não descartaram uma cirurgia a qualquer momento para extraí-lo.
Segundo as fontes, Mubarak foi transferido ontem do hospital militar de Maadi, no Cairo, porque o centro médico da prisão de Tora, no sul da capital, não dispunha do equipamento necessário para tratar uma trombose.
O Ministério da Saúde deverá publicar em breve um comunicado sobre a situação do ex-mandatário.
O correspondente da televisão estatal egípcia no hospital militar de Maadi assegurou hoje que Mubarak está inconsciente e respira com a ajuda de aparelhos.
O advogado do ex-presidente, Farid el Dib, disse nesta quarta-feira à Agência Efe que o estado de Mubarak melhorou, depois de ter sido intensificado seu tratamento ontem à noite, negando assim a sua morte clínica.
'O tratamento teve êxito', explicou Dib, depois da piora do quadro de Mubarak, que sofreu uma trombose cerebral e um ataque cardíaco.
Durante as últimas horas, circularam notícias contraditórias sobre o estado de saúde do ex-presidente.
A agência de notícias estatal egípcia 'Mena' informou ontem à noite, citando fontes médicas, que Mubarak estava clinicamente morto.
Segundo essas fontes, o coração do ex-presidente parou depois de terem fracassado os esforços para reanimá-lo.
Mubarak foi encarcerado em Tora em 2 de junho, após ser condenado à prisão perpétua por sua cumplicidade na morte de manifestantes durante as revoltas que levaram a sua renúncia, em fevereiro de 2011.
Desde seu ingresso na prisão, a saúde de Mubarak começou a deteriorar-se, e durante seus 17 dias em Tora teve de ser atendido de emergência em várias ocasiões. EFE