Posto de controle em Tikrit, Iraque: MSF criticou ataque sofrido por hospital na cidade (AFP / Mahmud Saleh)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2014 às 13h51.
Cairo - A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu nesta quarta-feira que os envolvidos no conflito no Iraque deixem de atacar instalações médicas, funcionários do setor e civis de maneira geral.
"Os ataques diretos ou indiretos contra os funcionários e as estruturas de saúde dificultam gravemente o fornecimento de ajuda médica", denunciou em comunicado o coordenador geral da MSF no Iraque, Fabio Forgione.
A organização criticou o ataque sofrido por um hospital na cidade de Tikrit, capital da província de Saladino, ao norte de Bagdá, durante um bombardeio na semana passada.
Além disso, o MSF denunciou que 40 mil pessoas tiveram que se deslocar pelo aumento da violência no país. Forgione disse que a população "necessita urgentemente de água, refúgio, alimentos e atendimento médico".
No entanto, "o mero fato de proporcionar a ajuda mais básica representa atualmente um desafio de enormes proporções", queixou-se o coordenador do MSF no Iraque.
Apesar disso, o organismo prometeu aumentar suas atividades na região, com mais clínicas móveis entre Duhok e Mossul, na província de Ninawa, que foi tomada por jihadistas, a abertura de uma clínica em Kirkuk e o reforço de suas equipes cirúrgicas em Tikrit e Al Hauiya, a 250 quilômetros ao norte de Bagdá.
O Iraque é cenário do avanço da insurgência sunita liderada pelo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).