Afegnistão: originalmente, bombas foram lançadas contra "pessoas que ameaçavam a coalizão", disse a Otan (REUTERS/Stringer)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2015 às 09h05.
O bombardeio contra o hospital da Médicos sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, Afeganistão, prosseguiu mais de 30 minutos depois que a ONG médica avisou aos exércitos americano e afegão estava sendo atingido por projéteis, anunciou neste sábao a organização.
A MSF exige que se esclareça rapidamente as circunstâncias do ataque no qual morreram ao menos nove de seus funcionários e que pode ser obra das forças americanas.
A Otan admitiu à AFP que um ataque aéreo americano pode ter atingido o hospital da MSF em Kunduz na madrugada deste sábado.
O bombardeio, contra "pessoas que ameaçavam as forças da coalizão, pode ter provocado danos colaterais em um centro médico nas proximidades" do alvo, declarou o coronel Brian Tribus, porta-voz da missão da Otan no Afeganistão.
De acordo com o MSF, ao menos 30 pessoas estão desaparecidas desde o bombardeio.
Cidade estratégica do norte do Afeganistão, Kunduz foi reconquistada pelo Exército afegão das mãos dos talibãs na quinta-feira passada.
Kunduz foi a primeira grande cidade afegã tomada pelos talibãs desde que foram expulsos do poder, em 2001, pela invasão americana.