Pessoas em meio a destroços de ataque aéreo em Aleppo, na Síria (Abdalrhman Ismail/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2016 às 16h57.
A organização Médicos Sem Fronteiras acusou nesta terça-feira quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por ligação com os ataques a hospitais na Síria, Iêmen e Afeganistão, enquanto o conselho exigiu fim a tais ataques.
O Conselho de Segurança de 15 membros adotou de forma unânime uma resolução lembrando aos países que sob leis internacionais devem proteger os trabalhadores médicos e de ajuda, mas o texto não impõe qualquer nova obrigação e não identifica qualquer conflito.
A presidente do Médicos Sem Fronteiras (MSF), Joanne Liu, apelou para que o conselho dê o exemplo, especialmente às potências com poder de veto permanente - os Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China.
"Quatro dos cinco membros permanentes deste conselho estão, em graus diferentes, associados às coalizões responsáveis pelos ataques a estruturas de saúde no ano passado", disse. "Estes incluem a coalizão liderada pela Otan no Afeganistão, a coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, e a coalizão liderada pela Síria e apoiada pela Rússia".
Mais de 50 pessoas foram mortas na semana passada em um ataque a um hospital na cidade síria de Aleppo, que ,segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "em todos os aspectos" foi realizado pelo governo sírio, que tem o apoio da Rússia.