Navio petroleiro Nordic Brasilia, operado pela Transpetro, no Terminal Marítimo Almirante Barros (Tebar), em São Sebastião, litoral de São Paulo (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 10h10.
São Sebastião - O Ministério Público Federal (MPF) de São José dos Campos instaurou ontem inquérito para investigar as causas do vazamento de óleo que atingiu 11 praias em São Sebastião e outras 3 na cidade vizinha de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo.
O derramamento aconteceu na sexta-feira, quando óleo combustível marítimo MF-320 escapou por uma válvula no sistema de oleoduto do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), da Transpetro/Petrobras. A empresa informou na tarde de ontem que não foi notificada.
O procurador da República, Ricardo Oquendo, disse que vai requisitar aos órgãos ambientais federais e estaduais informações sobre o desastre ambiental, que causou prejuízos ao turismo, comércio, pescadores e maricultores dos dois municípios. O MPF quer saber a real extensão dos danos ambientais para, se for o caso, buscar a Justiça.
Embora a Petrobras afirme que houve vazamento de apenas 3,5 mil litros, a prefeitura de São Sebastião calcula que entre 8 mil a 15 mil litros de óleo foram despejados no mar. A estatal foi multada em R$ 10 milhões pela Cetesb e em R$ 50 mil pela prefeitura de São Sebastião.
Em nota, a empresa afirmou que vai recorrer das duas multas. "Colocar mais de 300 homens nas praias, utilizar duas aeronaves e vários equipamentos de limpeza mecânica são evidências de que o volume vazado foi superior ao divulgado", disse o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Hipólito do Rego.