Protestos: a passeata anti-separação vem após uma semana de protestos na Catalunha, especialmente contra a repressão policial do governo espanhol
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2017 às 06h35.
Última atualização em 6 de outubro de 2017 às 07h39.
O governo espanhol tem lutado com todas as armas que pode contra a independência da Catalunha – e a repressão tem feito os independentistas estarem mais certa do que nunca da necessidade de se separar. Porém, eles não são voz única.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
Para o domingo, a organização Sociedade Civil Catalã, que é a favor da unidade da Espanha, convocou uma grande marcha, sob o lema “Basta! Recuperemos a sensatez”.
O movimento tem defendido que essa é a chance de a “maioria silenciosa” da Catalunha, que não defende a insurgência nacionalista, também mostrar que vai às ruas.
Eles também defendem que o referendo do último domingo jamais deveria ter sido realizado, e que sob nenhuma circunstância a região deveria declarar independência de forma unilateral.
A passeata anti-separação vem após uma semana de protestos na Catalunha, especialmente contra a repressão policial do governo espanhol no dia do referendo, e uma greve geral.
E a parcela da população que tem participado desses movimentos também é significativa: no referendo, foram mais de 2,2 milhões de votantes, e cerca de 90% votaram pela independência.
Estava previsto que o resultado oficial do referendo seria debatido no Parlamento da Catalunha na segunda-feira e, na sequência, a independência unilateral deveria ser declarada.
Porém, nessa quinta, o Tribunal Constitucional da Espanha ordenou a suspensão da sessão, reiterando que a medida é ilegal, com base em um pedido do Partido Socialista Catalão.
A justiça também considerou que o recurso dos socialistas trata de uma questão que repercute na economia de todo o país. A Espanha segue dividida — e a Catalunha, também.