Mundo

Movimento 6 de Abril: acabou a era da escravidão e do autoritarismo

"O criminoso abandonou o palácio" resumiu o grupo que iniciou os protestos pela internet no Egito

Praça Tahrir, no Cairo: multidão festeja a saída de Mubarak (John Moore/Getty Images)

Praça Tahrir, no Cairo: multidão festeja a saída de Mubarak (John Moore/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 14h55.

Cairo - O Movimento 6 de Abril, que desempenhou um papel fundamental nos protestos que provocaram a renúncia nesta sexta-feira do presidente Hosni Mubarak, assegurou que acabou "a era da escravidão e do autoritarismo".

"Acabou a era da escravidão e do autoritarismo, começa um novo amanhecer na história do Egito, um novo renascer, o Egito do século XXI", assegura o comunicado divulgado nesta sexta-feira no site da organização na rede social Facebook.

Nesse sentido, o grupo ressalta na mensagem que começou "a vida com dignidade e orgulho, por isso que todos devem entender que o povo, de agora, é o que tem o poder e a soberania".

Por outra parte, o movimento juvenil deu graças ao "grande Exército (egípcio) por seu respaldo histórico à revolução".

Além disso, o movimento pediu às Forças Armadas "a detenção imediata do traidor Mubarak e outros símbolos da corrupção e injustiça no Egito para apresentá-los perante a Justiça para julgá-los por traição e corrupção".

"Todos os que trabalham em todas as instituições do Estado devem compreender que estão ao serviço do povo e devem jurar lealdade, já que recebem o salário dos fundos do povo para protegê-lo e cuidá-lo", recalca a nota.

Além disso, um dos promotores dos protestos através da internet, Wael Ganem, destacou que "o criminoso abandonou o palácio. É o momento de celebrar. Egito, me alegro de teu retorno", acrescentou.

Também, convidou aos egípcios a celebrar a renúncia de Mubarak em uma avenida central do Cairo.

"É o momento da celebração, me alegro de teu retorno, lhes espero para celebrá-lo na avenida da Liga Árabe", acrescentou.

"Os verdadeiros heróis são os jovens egípcios da Praça Tahrir e de todo Egito", manifestou Ganem.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoPolíticaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA