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Motim em prisão venezuelana deixa 54 mortos

Durante inspeção, líderes dos presos atacaram funcionários da Guarda Nacional Bolivariana. Motim deixou, além dos mortos, 80 pessoas feridas


	Prisão: de acordo com o ONG, 54 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas em motim na Venezuela
 (Ali al-Saadi/AFP)

Prisão: de acordo com o ONG, 54 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas em motim na Venezuela (Ali al-Saadi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2013 às 13h44.

Venezuela - Pelo menos 54 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas em um motim ocorrido na prisão venezuelana de Uribana, no oeste do país, após uma inspeção feita nesta sexta-feira pelas autoridades, disse à Agência Efe o diretor do Hospital Central de Barquisimeto, Ruy Medina.

'A informação que temos é que há 54 falecidos', assinalou o médico, antes de indicar que 12 deles morreram no hospital.

Medina explicou que a partir das 11h locais funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) começaram a transferir ao centro médico cerca de 90 detentos com 'ferimentos de bala', dos quais 30 seguem hospitalizados.

Anteriormente, o diretor do Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), Humberto Prado, fornecera à Efe um primeiro balanço de 25 mortos, entre os quais haveria um agente da GNB e um pastor evangélico.

A ministra para o Serviço Penitenciário, Iris Varela, confirmou que houve um motim na prisão durante a inspeção, na qual os líderes dos internos 'arremeteram contra os efetivos da GNB'.

Apesar de ter informado que o confronto deixou um 'lamentável saldo de afetados' entre os detentos, a GNB e os trabalhadores do Ministério, a ministra não precisou nenhum número.

'Assim que tivermos o controle absoluto das instalações do centro penitenciário de Uribana, passaremos a precisar as causas do ocorrido e o saldo das pessoas afetadas para oferecer um relatório detalhado, objetivo e veraz', assinalou Varela a jornalistas.

Em suas declarações, a ministra culpou como 'detonador da violência' a imprensa local e as redes sociais por terem anunciado a revista antes de sua realização, o que teria provocado, 'horas depois, um motim no interior do centro penitenciário'.

Segundo Humberto Prado, a revista praticada na manhã desta sexta-feira 'se transformou em um enfrentamento' que se prolongou, de acordo com sua versão, de 10h às 13h locais.

A penitenciária é uma das 'três mais violentas' da Venezuela e abriga atualmente 2.400 presos, mesmo que só tenha capacidade para 850, assegurou Prado. EFE

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