Moscou: fila para vacinação em meio ao aumento no número de mortes por novo coronavírus (Bloomberg/Bloomberg)
AFP
Publicado em 27 de junho de 2021 às 08h53.
Moscou anunciou neste domingo um balanço recorde de mortes provocadas pelo coronavírus em 24 horas, o que demonstra a situação cada vez mais grave na Rússia, país afetado pela variante Delta.
De acordo com os dados oficiais divulgados pelas agências russas, a capital do país registrou 144 mortos em 24 horas, o balanço mais grave desde o início da epidemia. No sábado, a segunda maior cidade do país, São Petersburgo, anunciou o recorde de óbitos, com 107 vítimas fatais.
A Rússia, um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, sofre há várias semanas com a variante Delta, mais contagiosa que as demais e motivo de preocupação mundial.
A nível nacional foram registrados 20.538 novos casos e 599 mortes, o que elevou o balanço total a mais de 5,4 milhões de infectados e 133.282 óbitos, os números mais graves da Europa.
Diante da alta de casos, Moscou retomou algumas restrições, que incluem o teletrabalho obrigatório, a criação de um certificado de saúde para entrar em restaurantes e a obrigatoriedade de vacinação para os trabalhadores do setor de serviços, mas as autoridades ainda não cogitam um confinamento rigoroso.
O prefeito Serguei Sobianin afirmou que quase 2.000 pessoas são hospitalizadas diariamente por covid-19 e dos 20.000 leitos disponíveis na cidade, 14.000 estão ocupados atualmente.
"É muito", declarou em uma entrevista o prefeito, que há semanas insiste na necessidade de vacinação para conter a pandemia.
O ceticismo dos russos a respeito das vacinas afeta a campanha de imunização na Rússia, onde apenas 21,2 milhões de habitantes receberam ao menos uma dose em uma população de 146 milhões, de acordo com o site Gogov, que compila os números divulgados pelos governos regionais e a imprensa.
A variante Delta, detectada inicialmente na Índia, se propaga de forma especialmente rápida entre as pessoas que não foram imunizadas.