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Moscou quer acordo sobre Síria na ONU; rebeldes sofrem revés

"Existe um projeto de realizar uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão síria", declarou o ministro russo das Relações Exteriores


	União Europeia (UE) ameaçou ampliar as sanções contra a Síria para asfixiar o regime Assad
 (AFP)

União Europeia (UE) ameaçou ampliar as sanções contra a Síria para asfixiar o regime Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2012 às 13h23.

São Paulo - A Rússia anunciou neste sábado que incentivará o Conselho de Segurança das Nações Unidas a aprovar o Acordo de Genebra sobre os princípios de uma transição política na Síria, onde o exército regular infligiu um revés aos rebeldes na batalha por Aleppo.

"Existe um projeto de realizar uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão síria com a participação de ministros", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"A Rússia defenderá que o Conselho de Segurança aprove o comunicado de Genebra", acrescentou o chanceler em Vladivostok, ao término de uma reunião com a secretária de Estado americana Hillary Clinton, à margem da cúpula do Fórum para a Cooperação Econômica Ásia Pacífico (APEC).

Em 30 de junho passado, o Grupo de Ação para a Síria adotou um acordo sobre os princípios de transição política no país árabe, que recebeu apoio da Rússia. O texto não se posiciona a favor de uma saída do presidente sírio Bashar al Assad.

Segundo um alto funcionário americano, Hillary indicou em seu encontro com Lavrov que está aberta a uma nova tentativa de apresentar ao Conselho de Segurança uma resolução baseada no plano de Genebra, e que esse texto deve prever sanções se Assad não respeitá-lo.

A Rússia, aliada da Síria, já vetou três resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas com sanções contra o presidente sírio Bashar al Assad.

A União Europeia (UE), por sua vez, ameaçou ampliar as sanções contra a Síria para asfixiar o regime Assad.

"Há um consenso para aumentar a pressão sobre a Síria , assinalou o chanceler do Chipre, Erato Kozakou, à margem da reunião informal de dois dos chanceleres europeus.

"Há um sentimento generalizado que é preciso aumentar a pressão sobre o regime sírio par conseguir o cessar da violência e permitir o acesso à ajuda humanitária em todo o país", afirmou o ministro espanhol, José Manuel García Margallo.


Os ministros da UE se comprometeram, além disso, a dar seu apoio a uma transição democrática que permita estabelecer um novo governo representativo, inclusivo e respeitoso com os direitos e as minorias étnicas, especialmente os curdos", acrescentou o chanceler espanhol.

Depois de 20 horas de combates em que foram usados tanques e helicópteros, o exército sírio repeliu um ataque dos rebeldes contra um quartel do leste de Aleppo, no qual conseguiram entrar na sexta-feira.

Segundo uma fonte militar nesta cidade, onde o regime e a insurgência travam uma batalha estratégica desde 20 de julho, os soldados conseguiram destruir seis veículos todo-terreno, que os insurgentes começaram a carregar com armas retiradas de um depósito.

"Os rebeldes colocam todo seu empenho nesta batalha porque carecem de armas", precisou a fonte militar.

Várias testemunhas indicaram que há muitas vítimas nos dois bandos.

Os rebeldes, no entanto, não pareciam rendidos.

Segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), eles atacaram um posto de controle do exército na zona industrial de Al Layramun (noroeste). Cinco atacantes morreram e vários membros das forças do regime perderam a vida ou ficaram feridos.

Na sexta-feira, a violência cobrou 136 mortos.

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