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Mortos pelo ebola são mais de 4.500, revela OMS

A maior epidemia de ebola já registrada matou mais de 4.500 pessoas, acima da metade dos mais de 9.000 infectados, segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgadas nesta sexta-feira. Em sua última atualização, com base em dados coletados até 14 de outubro, a agência de saúde da ONU informou que 4.555 […]


	Ebola: a Libéria é o país mais castigado, com 4.262 casos e 2.484 mortes até 13 de outubro
 (2Tango/Reuters)

Ebola: a Libéria é o país mais castigado, com 4.262 casos e 2.484 mortes até 13 de outubro (2Tango/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 19h24.

A maior epidemia de ebola já registrada matou mais de 4.500 pessoas, acima da metade dos mais de 9.000 infectados, segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgadas nesta sexta-feira.

Em sua última atualização, com base em dados coletados até 14 de outubro, a agência de saúde da ONU informou que 4.555 pessoas morreram de ebola de um total de 9.216 casos registrados em sete países.

A cifra divulgada apenas dois dias antes indicava 4.493 mortos em 8.997 casos.

Seguem detalhes do último registro da OMS:

Países mais afetados

A OMS divide os sete países afetados pela epidemia em dois grupos. O primeiro compreende Guiné, Libéria e Serra Leoa, os mais afetados pelo surto.

A Libéria é o país mais castigado, com 4.262 casos e 2.484 mortes até 13 de outubro.

Já Serra Leoa contabilizou 3.410 casos até 14 de outubro, 1.200 deles fatais.

A Guiné, onde a epidemia teve origem, em dezembro de 2013, apresenta 1.519 casos e 862 mortes registradas até 14 de outubro.

Países menos afetados

O segundo grupo é formado por países com menor número de casos, e inclui o Senegal, que foi declarado livre de ebola nesta sexta-feira.

Esta declaração foi feita depois de o Senegal passar 42 dias sem quaisquer casos desde agosto, quando o país registrou seu único caso de infecção não letal.

Também integra o segundo grupo a Nigéria, onde foram registradas oito mortes, e que deve ser declarada livre do ebola na próxima segunda-feira.

O único europeu da lista é a Espanha, onde uma enfermeira foi o primeiro caso de contágio fora da África, após se infectar durante o tratamento de um missionário que morreu da doença após retornar da Libéria.

Os Estados Unidos completam o quadro. Duas enfermeiras adoeceram depois de terem tratado o liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu em 8 de outubro após se tornar o primeiro caso de ebola diagnosticado no país.

Trabalhadores da Saúde

As equipes de saúde continuam a pagar um alto preço por seus esforços, com 239 mortes registradas entre 423 casos em vários países.

Libéria: 209 infectados, 96 mortos

Serra Leoa: 124 infectados, 98 mortos

Guiné: 76 infectados, 40 mortos

Nigéria: 11 infectados, 5 mortos

Estados Unidos: 2 infectados

Espanha: 1 infectado

Surto diferente

Na República Democrática do Congo, afetada por uma cepa diferente de ebola da que está castigando o oeste da África, a OMS informou a ocorrência de 68 casos e de 49 mortes até 9 de outubro.

Oito trabalhadores do setor de Saúde foram infectados e morreram neste surto.

Letalidade de 70%

Acreditava-se anteriormente que a epidemia no oeste africano estivesse matando uma a cada duas pessoas infectadas, mas quando levadas em conta apenas as taxas de recuperação e não os casos com resultado desconhecido, a OMS indica uma taxa de letalidade que atualmente supera os 70%.

ONU pede mais recursos

As Nações Unidas solicitaram US$ 988 milhões para ajudar a conter a epidemia de ebola, mas até agora só receberam US$ 377 milhões, ou 38% do dinheiro necessário, informou nesta sexta-feira sua Agência Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).

Cinco subtipos de ebola

Há cinco subtipos diferentes de ebola e a epidemia que devasta o oeste da África se origina da cepa Zaire, a mais mortal de todas.

Essa espécie causou o primeiro surto conhecido da doença, em 1976, no então Zaire - hoje República Democrática do Congo -, que até a atual epidemia tinha sido o mais grave, com 280 mortes.

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