Exército iraquiano: outras 1.380 pessoas ficaram feridas em atos violentos ou terroristas no Iraque durante o mês passado (Azad Lashkari/Reuters)
EFE
Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 17h02.
Bagdá - O número de soldados iraquianos mortos no mês de novembro (1.959) praticamente triplicou em relação a outubro (672), segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira pela missão da ONU para o Iraque (Unami).
O grande aumento no número de baixas registrado nas forças de segurança, incluindo os "peshmergas" curdos, ocorre após o início, em 17 de Outubro, da ofensiva para arrebatar o Estado Islâmico (EI) na cidade de Mossul, capital da província de Ninawa e principal bastião do grupo jihadista.
Nem o exército iraquiano, nem as forças curdas informam sobre seus mortos ou feridos nos combates com o EI, que ainda resiste no interior de Mossul e outras partes do país.
O comunicado não inclui, como é habitual, os membros de segurança mortos na província de Al-Anbar, onde também há presença de combatentes do Estado Islâmico. Além disso, também não especifica os locais ou as províncias onde os soldados foram mortos.
A Unami calculou que, no total, pelo menos 2.885 pessoas morreram em novemmbro, das quais, pelo menos 926 eram civis, inclundo membros da Polícia Federal e bombeiros.
Além disso, outras 1.380 pessoas ficaram feridas em atos violentos ou terroristas no Iraque durante o mês passado.
Quanto às vítimas civis, a Unami indicou que a capital iraquiana foi a mais afetada, com pelo menos 152 mortos e outros 581 feridos, à frente da província de Ninawa, onde segue a ofensiva para recuperar Mossul do grupo EI, com pelo menos 332 mortos e 114 feridos.
Além disso, na província de Al-Anbar foram registrados pelo menos 292 mortos e 98 feridos.
O total de mortos em novembro (2.885), entre civis e soldados, contrasta com o registrado em outubro (1.792), e setembro, mês no qual morreram 1.003 pessoas em atos violentos ou terroristas.
O representante da ONU para o Iraque, Jan Kubi, destacou que o EI "utilizou as táticas mais cruéis, unsando casas de civis como posições de tiro e sequestrando moradores para usá-los como escudos humanos".
No dia 17 de outubro, as tropas iraquianas e curdas iniciaram uma grande ofensiva em várias frentes para arrebatar o EI na província de Ninawa e Mossul, que foi conquistada pelos terroristas em 2014.