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Morte de imigrantes aumenta entre venezuelanos e centro-americanos

De acordo com a ONU, muitos imigrantes morreram afogados no Caribe ou tentando cruzar a fronteira entre os EUA e o México

Imigração: 4 milhões de venezuelanos do país desde o início de uma crise econômica em 2015 (Alexandre Meneghini/Reuters)

Imigração: 4 milhões de venezuelanos do país desde o início de uma crise econômica em 2015 (Alexandre Meneghini/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de junho de 2019 às 13h58.

Genebra — Ao menos 380 imigrantes latino-americanos morreram em viagem neste ano, muitos deles venezuelanos que se afogaram no Caribe ou centro-americanos que pereceram tentando cruzar a fronteira entre os Estados Unidos e o México, disse a agência de migração da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.

O saldo, 50% maior do que as 241 fatalidades registradas até meados de 2018, também coincide com um reforço da segurança ao longo da fronteira sul dos EUA, o que muitas vezes leva os imigrantes a recorrer a traficantes criminosos e percorrer rotas mais arriscadas, informou a entidade.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez da redução da imigração ilegal uma de suas principais políticas de governo. Na segunda-feira, seu governo cortou centenas de milhões de dólares de ajuda a El Salvador, Guatemala e Honduras - Trump repreendeu os três países centro-americanos porque milhares de seus cidadãos procuraram asilo na divisa entre EUA e México.

"Este mês foi marcado por várias tragédias na fronteira EUA-México, onde ao menos 23 pessoas morreram desde 30 de maio, isso é mais de uma por dia", disse Joel Millman, porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), em um boletim à imprensa.

Cifras da OIM mostram que, até agora, sabe-se que 144 imigrantes morreram no México, 143 no Caribe, 66 ao longo da fronteira sul do México com a América Central e 27 na América do Sul.

Outras 42 mortes relatadas estão sendo investigadas no México, e também as de várias dezenas de refugiados e imigrantes que cruzavam a selva de Darién, no Panamá, acrescentou.

"Então estamos vendo um nível de fatalidade que não vimos antes. Alertamos que, como os meses de verão estão só começando, com o calor intenso que trazem, podemos esperar que piore", disse Millman.

Quatro milhões de venezuelanos fugiram de sua terra natal, a maioria desde o início de uma crise econômica e humanitária em 2015, disse a agência de refugiados da ONU. A maioria foi por terra para Colômbia, Peru, Equador e Brasil.

Mas cada vez mais venezuelanos estão se lançando ao mar em barcos frágeis, imagens que lembram cubanos desesperados em fuga de seu país em décadas passadas.

O saldo geral inclui mais de 80 venezuelanos que morreram ou desapareceram em três naufrágios no Caribe nos últimos dois meses, disse Millman.

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