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Morte de elefantes na África tem um novo suspeito: toxinas de bactérias

Ainda não há conclusões sobre o que aconteceu às centenas de animais que ficaram tontos e simplesmente morreram; pesquisas continuam

Elefante com seu filhote na África: morte misteriosa está mais perto de ser solucionada (Divulgação/Divulgação)

Elefante com seu filhote na África: morte misteriosa está mais perto de ser solucionada (Divulgação/Divulgação)

CA

Carla Aranha

Publicado em 31 de julho de 2020 às 18h03.

Última atualização em 2 de agosto de 2020 às 17h43.

O mistério ainda não acabou, mas os cientistas garantem que estão mais próximos de encontrar o culpado pela morte repentina de 356 elefantes em Botsuana, na África. Em maio e junho, os animais começaram a apresentar sintomas como tontura e desorientação e faleceram em poucos dias.

Segundo as autoridades de Botsuana, uma bactéria encontrada em rios e lagos pode ter desprendido uma toxina letal para os elefantes — o problema é que até agora não se tinha ouvido falar de nada parecido.

No início, o governo de Botsuana, país conhecido por abrigar grandes manadas de elefantes e outros animais selvagens, levantou a possibilidade de que um novo vírus pudesse ter matado os animais. Agora, de acordo com as autoridades locais, novos indícios apontam para toxinas que, por algum motivo, teriam provocado o mal misterioso que dizimou os elefantes.

Mas a verdade é que ainda não se sabe o que de fato aconteceu. Um grupo de 356 elefantes simplesmente desfaleceu inesperadamente no Delta do Okavango, em um das paisagens mais intocadas (e deslumbrantes) do mundo — desde então, o caso vem sendo tratado como um mistério de difícil solução.

Segundo especialistas, as amostras das carcaças dos animais precisariam ter sido examinadas rapidamente para que já se pudessem ter respostas sobre o que de fato aconteceu. O sol forte contribuiu para a rápida degradação dos corpos, o que dificulta as análises em laboratório. Amostras do tecido e dos ossos dos elefantes acabaram sendo coletadas e enviadas para laboratórios dos Estados Unidos e África do Sul, mas o material pode estar um tanto comprometido.

"O Okavango fica em um lugar de díficil acesso, mas estamos fazendo de tudo para solucionar esse mistério e impedir que novas mortes ocorram", disse Cyrill Taolo, diretor do Departamento de Vida Selvagem e Parques Nacionais de Botsuana. A expectativa é que, conforme mais teses forem concluídos e analisados, haja mais respostas.

 

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