Tropa antiterrorismo da Nigéria: O presidente Goodluck Jonathan tem sido incapaz de conter a rebelião, apesar de ondas de ofensivas militares no nordeste (Pius Utomi Ekpei/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h03.
Maiduguri - Sete pessoas foram mortas durante um ataque de insurgentes contra soldados do governo no nordeste da Nigéria, onde as forças de segurança estão combatendo militantes islâmicos, informou o Exército nesta sexta-feira.
Pelo menos 44 pessoas foram mortas na região ao longo das duas últimas semanas em confrontos entre combatentes suspeitos de pertencer à seita islamita Boko Haram e forças de segurança.
"Homens armados atacaram 21 soldados de brigada alocados (na região conhecida como) Marte. No processo, um soldado, um policial e cinco agressores perderam a vida durante uma troca de tiros" na quarta-feira, disse o porta-voz militar, Sagir Musa, à Reuters.
Marte está perto de fronteiras porosas da Nigéria com Camarões e Níger e fica a cerca de 100 quilômetros de Maiduguri, sede da Boko Haram e maior cidade do nordeste.
Musa disse que dois rifles AK-47, uma espingarda fabricada localmente, munições e facões foram recuperados dos agressores.
A seita, que é vagamente baseada no Taleban afegão, matou centenas no ano passado em uma campanha para impor a sharia, a lei islâmica. As mais de 160 milhões de pessoas da Nigéria estão divididas de forma aproximadamente igual entre cristãos e muçulmanos.
A violência da Boko Haram continua focada principalmente em forças de segurança no nordeste, apesar de seus ataques se espalharem pelo norte e para a capital Abuja. É a maior ameaça à estabilidade no principal exportador de petróleo da África.
O presidente Goodluck Jonathan tem sido incapaz de conter a rebelião, apesar de ondas de ofensivas militares no nordeste e outras partes do norte e do centro, onde a Boko Haram tem uma forte presença.
Jonathan disse esta semana que a maioria dos suspeitos por trás de atentados importantes na Nigéria haviam sido presos e os ataques causados pelo que chamou de terroristas acabariam em breve.