Ele ficou em uma cadeira de rodas após ter paralisia da cintura para baixo, quando um homem com problemas mentais disparou nele durante um ato de campanha em 1990 (Sean Gallup/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 27 de dezembro de 2023 às 16h53.
Wolfgang Schaeuble, que ajudou a negociar a reunificação da Alemanha em 1990 e que, como ministro das Finanças, foi figura central nos trabalhos de austeridade para retirar a Europa de sua crise da dívida mais de duas décadas depois, morreu na terça-feira, 26, aos 81 anos. Ele morreu em sua residência, informou sua família à agência alemã dpa nesta quarta-feira.
Schaeuble se tornou ministro das Finanças da chanceler Angela Merkel em outubro de 2009, pouco antes de revelações sobre o déficit orçamentário da Grécia desatarem uma crise que envolveu o continente e ameaçou desestabilizar a ordem financeira mundial.
Partidário longevo de uma maior unidade europeia, ele ajudou a liderar um trabalho de anos por mais integração e para estabelecer normas mais rígidas no bloco. Mas a Alemanha foi alvo de críticas por sua ênfase na austeridade e por uma suposta falta de generosidade.
Após oito anos como ministro das Finanças, Schaeuble presidiu o Parlamento alemão, no último capítulo de uma longeva trajetória política.
Seguiu como legislador até a morte. Ele ficou em uma cadeira de rodas após ter paralisia da cintura para baixo, quando um homem com problemas mentais disparou nele durante um ato de campanha em 1990, pouco após a reunificação.
Voltou ao trabalho poucas semanas depois e, no ano seguinte, colaborou para o Parlamento mudar a capital da Alemanha reunificada de Bonn para Berlim