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Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos

Singh, economista de profissão, foi primeiro-ministro da Índia entre 2004 e 2014

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 14h43.

O ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, faleceu nesta quinta-feira aos 92 anos em um hospital de Nova Délhi, para onde havia sido levado no mesmo dia por motivos ainda desconhecidos, conforme informaram fontes hospitalares à agência indiana PTI.

Singh, economista de profissão, foi primeiro-ministro da Índia entre 2004 e 2014. Ele é considerado um dos responsáveis pela transformação da economia indiana e o artífice do crescimento econômico posterior, graças às medidas que implementou na década de 1990, quando ocupava o cargo de ministro das Finanças.

Até o momento, as causas de sua morte não foram esclarecidas, embora, segundo a mídia indiana, ele tenha sido internado no hospital AIIMS de Nova Délhi em estado crítico.

Após a notícia de sua internação, a polícia da capital reforçou as medidas de segurança ao redor do hospital, como mostraram imagens transmitidas pela televisão.

Nascido na região de Punjab Ocidental (atual Paquistão) em 1932, Singh fez parte ao longo de toda a sua carreira política do histórico Partido do Congresso (INC), da dinastia Nehru-Gandhi, sendo até hoje o último membro dessa formação a exercer o cargo de primeiro-ministro.

Singh entrou no governo indiano pela primeira vez em 1971, como assessor econômico no Ministério do Comércio. Posteriormente, ocupou diversos cargos públicos, incluindo o de governador do Banco da Reserva da Índia (banco central), antes de se tornar ministro das Finanças em 1991.

Nesse cargo, ele introduziu reformas significativas que deram um grande impulso à então frágil economia indiana, elevando sua reputação nacional e internacionalmente.

Após atuar como líder da oposição entre 1998 e 2004, Singh assumiu o cargo de primeiro-ministro de maneira inesperada em 2004, quando a presidente do INC, Sonia Gandhi, anunciou que lhe cederia o comando da nação, apesar da vitória do partido nas eleições daquele ano.

Essa decisão, porém, gerou críticas de parte da população, que passou a enxergá-lo como um "fantoche" da pessoa mais poderosa do país.

Ainda assim, Singh foi reeleito em 2009, desta vez pelas urnas, após um primeiro mandato considerado um sucesso moderado.

Entretanto, seu segundo mandato foi marcado por uma desaceleração econômica e por vários escândalos de corrupção, que prejudicaram sua reputação.

Diante disso, Singh decidiu se retirar da política em 2014 e não concorreu nas eleições daquele ano, vencidas pelo atual primeiro-ministro, o nacionalista hindu Narendra Modi.

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