Frank Borman, membro da tripulação da Apollo 8, fala durante um programa de televisão da Nasa em Washington (Agence France-Presse/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 10 de novembro de 2023 às 08h08.
Frank Borman, o astronauta da Nasa que dirigiu a missão Apollo 8 em 1968, o primeiro voo espacial tripulado em volta da Lua, faleceu aos 95 anos, informou a agência espacial dos Estados Unidos nesta quinta-feira (9).
Borman morreu no dia 7 de novembro em Billings, Montana (noroeste), segundo a informação divulgada em um comunicado da Nasa."Hoje lembramos um dos melhores da Nasa", disse o administrador da agência, Bill Nelson, citado na nota.
"Seu amor de toda a vida pela aviação e a exploração apenas foi superado pelo amor a sua esposa Susan", completou.
Nascido em 14 de março de 1928 em Gary (Indiana), Borman começou sua carreira na Força Aérea americana, onde voou como piloto de caça e de testes, e chegou a ser professor adjunto de termodinâmica na academia militar de West Point.
Mas ele será mesmo lembrado como pioneiro da exploração espacial.
Estabeleceu o recorde de 14 dias no espaço durante a missão Gemini 7 de 1965 junto com Jim Lovell. Nesta viagem, ocorreu a primeira aproximação espacial com a nave Gemini 6.
Borman assumiu o comando da Apollo 8 e se tornou um dos três primeiros seres humanos, junto de seus companheiros Lovell e William Anders, a ver e fotografar a face oculta da Lua.
A Apollo 8 também ficou famosa por produzir a fotografia "Earthrise" (Nascer da Terra, em português), uma imagem em que a Terra surge parcialmente na sombra, com a superfície lunar em primeiro plano, feita por Anders em 4 de dezembro de 1968.
Após sua carreira na Nasa, Borman foi CEO da Eastern Airlines.
"Frank sabia o poder que tinha a exploração para unir a humanidade quando disse: 'A exploração é realmente a essência do espírito humano'", acrescentou Nelson.
"Seu serviço à NASA e à nossa nação vai, sem dúvida, alimentar a Geração Artemis para alcançar novas costas cósmicas", acrescentou, em referência ao programa espacial que espera voltar a explorar a Lua e levar a primeira mulher e o próximo homem ao satélite natural em 2025.