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Morre ex-presidente que proclamou a neutralidade da Costa Rica

Monge começou seu ativismo político em sua juventude e foi o mais novo integrante da assembleia que promulgou a atual Constituição

Luis Alberto Monge: ele era considerado uma pessoa simples, afável e bem humorada (Orlich/Wikimedia Commons)

Luis Alberto Monge: ele era considerado uma pessoa simples, afável e bem humorada (Orlich/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 14h37.

O ex-presidente da Costa Rica, Luis Alberto Monge (1982-1986), que proclamou a neutralidade de seu país ante conflitos armados, morreu de ataque cardíaco aos 90 anos de idade, informaram familiares nesta quarta-feira.

Monge passou mal terça-feira à noite, sendo levado ao Hospital San Juan de Dios, na capital, onde faleceu, indicaram os parentes do ex-presidente.

A versão foi confirmada pelo Partido da Libertação Nacional (oposição social-democrata), do qual foi membro fundador.

"Hoje o luto atinge toda a família liberacionista. Infelizmente comunicamos a morte do ex-presidente Luis Alberto Monge Alvarez", informou a formação política em sua conta no Twitter.

De baixa estatura, Monge era considerado uma pessoa simples, afável e bem humorada. Nos últimos anos sofreu numerosos problemas de saúde.

Monge começou seu ativismo político em sua juventude e aos 24 anos foi o mais novo integrante da assembleia que promulgou a atual Constituição, de 1949.

Tornou-se presidente em 1982, em um momento de turbulência na América Central por conflitos armados na Nicarágua, El Salvador e Guatemala.

Em meio as guerras na região, Monge emitiu em 1983 a proclamação de "neutralidade perpétua, ativa e sem armas" para manter Costa Rica à margem dos conflitos. Tal anúncio foi elevado ao status de lei em 2014.

Apesar de sua posição, o seu sucessor como presidente, Oscar Arias, revelou que a Costa Rica serviu durante o governo do presidente Monge como base para as guerrilhas apoiadas pelos Estados Unidos contra o governo de esquerda sandinista da Nicarágua.

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