Europa: Sassoli contraiu pneumonia por legionella em setembro e retornou ao hospital em dezembro, após sofrer complicações relacionadas ao seu sistema imunológico (Francois Lenoir/Reuters)
Reuters
Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 09h24.
Última atualização em 11 de janeiro de 2022 às 09h26.
O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, um socialista italiano e ex-jornalista, morreu nesta terça-feira aos 65 anos em um hospital na Itália, disse seu porta-voz.
Ele era presidente do Parlamento de 705 assentos desde julho de 2019 e seu mandato no papel predominantemente cerimonial estava previsto para terminar este mês. A legisladora maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu (PPE), conservador, deve sucedê-lo no posto.
"Sassoli era um símbolo de equilíbrio, humanidade e generosidade. Estas qualidades sempre foram reconhecidas por todos os seus colegas, de todos os quadrantes políticos e de todos os países europeus", disse o primeiro-ministro italiano Mario Draghi.
Seu tempo liderando a assembléia da UE foi dominado pela crise do coronavírus e ele foi creditado com a introdução de um sistema de votação à distância que permitiu ao Parlamento continuar operando mesmo que grande parte da Europa tenha sido forçada a se submeter a repetidos lockdowns.
Sassoli contraiu pneumonia por legionella em setembro e retornou ao hospital em dezembro, após sofrer complicações relacionadas ao seu sistema imunológico.
Ele havia sido submetido a um transplante de medula óssea há 10 anos e morreu em uma clínica de câncer na cidade de Aviano, na região nordeste da Itália.
Bandeiras em instituições da UE foram baixadas para meio mastro, enquanto elogios a Sassoli eram feitos em todo o espectro político.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, uma conservadora que conseguiu o apoio de Sassoli no Parlamento da UE apesar de vir de pertencer a um campo político diferente, disse que havia perdido um querido amigo.
"Hoje é um dia triste para a Europa. Nossa união perde um europeu apaixonado, um democrata sincero e um bom homem", disse ela aos repórteres. "Ele queria que a Europa fosse mais unida, mais próxima de seu povo, mais fiel aos nossos valores". Esse é o seu legado."