O presidente da Bolívia, Evo Morales, reivindicou nesta terça-feira aos países desenvolvidos que assumam a liderança na luta contra a mudança climática como principais responsáveis do problema e ajudem às nações mais pobres para que também possam tomar medidas.
"Fazemos um chamado aos países desenvolvidos para que assumam a liderança na resposta à mudança climática", disse Morales em seu discurso na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), onde falou em nome do grupo G77 mais China.
O grupo com 133 países em desenvolvimento considera que os estados mais industrializados devem assumir os maiores esforços contra o aquecimento global por sua "responsabilidade histórica".
Morales, que foi um dos primeiros líderes a discursar na cúpula, lembrou que são os países em desenvolvimento os que "sofrem mais os efeitos adversos da mudança climática", apesar de serem "os menos responsáveis" do problema. Além disso, lembrou que a crise do clima e suas consequências dificultaram a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável.
O presidente boliviano insistiu que a resposta global deve respeitar os princípios de equidade e de responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Além de assumir maiores medidas de mitigação, para o G77 é fundamental que os países desenvolvidos deem recursos financeiros e tecnologias aos mais pobres para que possam atuar.
Morales também expressou sua "profunda decepção" pelo fato de que haja países desenvolvidos que não assinaram o Protocolo de Kioto e assegurou que isso "coloca sérias dúvidas sobre sua credibilidade e sinceridade".
Para avançar, o líder boliviano defendeu a utilidade da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP) como o "fórum intergovernamental primordial para a negociação".
"A mudança climática é um dos desafios globais mais graves de nosso tempo", lembrou Morales.
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1. Multiplicação das cabras
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1/8 (Getty Images)
Um novo estudo, publicado na revista científica Oikos, mostra que dois fatores principais são importantes para a sobrevivência das cabras: as horas de claridade do dia e a temperatura. Para os caprinos da Escócia, que sofrem com o frio das áreas mais elevadas do norte do país, o
aquecimento global pode ser uma dádiva. A elevação das temperaturas parece estar tornando a vida um pouco mais fácil para os animais da região, que já começam a marcar território. O aumento da população de cabra selvagem e a mudança de seu habitat foi documentada pelo pesquisador britânico Robin Dunbar, da Universidade de Oxford e seu colega Jianbin Shi.
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2. Adeus ao cafezinho
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2/8 (Alex Silva)
O nosso querido cafezinho também corre riscos. Segundo uma nova pesquisa, publicada na revista científica Plos One, essa bebida tradicional pode sumir do cardápio dentro de 70 anos devido ao aquecimento global e às mudanças climáticas. O estudo realizado por pesquisadores do Royal Botanic Gardens da Grã-Bretanha, em colaboração com cientistas na Etiópia, constatou que entre 38 e 99,7% das áreas adequadas para o cultivo da espécie arábica desaparecerá até 2080 se as previsões do aumento das temperaturas se concretizarem.
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3. Aumento de problemas cardíacos
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3/8 (David Silverman/Getty Images)
É bom preparar o coração para as mudanças. Eventos climáticos extremos de calor e frio se tornarão mais comuns e isso vai colocar pressão sobre o coração das pessoas, dizem os cientistas. Um estudo publicado no British Medical Journal concluiu que a queda de temperatura de 1ºC em um único dia no Reino Unido está ligado ao aumento de 200 ataques cardíacos. Ondas de calor também geram efeito semelhante. Mais de 11 mil pessoas morreram por complicações cardíacas durante a onda de calor que atingiu a França na primeira metade de agosto de 2003, quando as temperaturas subiram para mais de 40ºC.
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4. Queda na capacidade trabalho
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4/8 (Getty Images)
Um estudo publicado na revista científica “Nature Climate Change” sugere que o aumento da temperatura global nos últimos 60 anos reduziu a capacidade de trabalho em 10%. Pior, a previsão é de que “estresse térmico” poderá prejudicar ainda mais a aptidão do trabalhador para desempenhar suas funções nas próximas décadas. De acordo com a pesquisa, a capacidade de trabalho em 2050 será reduzida a 80% do que hoje.
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5. Maratonas mais lentas
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5/8 (Einar Hansen/ StockXchng)
Embora o tempo dos vencedores de maratonas tenha melhorando gradativamente ao longo do século passado, essa tendência corre risco de diminuir diante do aumento das temperaturas. Um estudo da Universidade de Boston indica que o aquecimento global poderá tornar as maratonas mais lentas, afetando o tempo das vitórias. Mantida a tendência de aquecimento atual, de 0.058°C por ano, até 2100, a chance de detectar uma "desaceleração consistente no tempo de vitória da maratona" é de 95%, diz o estudo.
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6. Uvas não curtem calor, logo...
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6/8 (Getty Images)
As uvas vinícolas são uma das culturas mais sensíveis ao calor, chuvas, incidências de sol e mudanças bruscas no clima. Não à toa, elas estão na mira do aquecimento global. Segundo estudos mais recentes, a produção de vinhos em regiões consagradas, como Bordeaux, na França, pode cair cerca de 60% até 2050. Em contrapartida, a mudança climática poderia também abrir outras partes do mundo para a produção de uvas, uma vez que os produtores teriam que procurar lugares mais altos e mais frios.
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7. Mais metano, mais aquecimento
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7/8 (Ian Joughin, University of Washington)
Os efeitos do aquecimento global, acredite, também podem gerar mais aquecimento global.
Estudo recente, publicado na revista Nature por uma equipe internacional de cientistas, mostrou que o degelo no continente antártico pode ser uma fonte importante, embora esquecida, de metano, um gás efeito estufa com potencial de aquecimento global 21 vezes maior do que o do CO2. Ou seja, o derretimento do gelo pode liberar milhões de toneladas desse gás na atmosfera e agravar o aquecimento global.
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8. Guarda-chuva para os Pólos?
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8/8 (Divulgação)