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Morales inaugura primeira usina eólica da Bolívia

A usina foi construída pela empresa Hydrochina no município de Pocona, na região central de Cochabamba


	Evo Morales: presidente da Bolívia disse que hoje "é um dia histórico" para o país pela entrega da obra e destacou que "o sistema eólico é o mais ecológico no mundo todo"
 (Getty Images)

Evo Morales: presidente da Bolívia disse que hoje "é um dia histórico" para o país pela entrega da obra e destacou que "o sistema eólico é o mais ecológico no mundo todo" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 19h55.

La Paz - O presidente boliviano Evo Morales inaugurou nesta quinta-feira a primeira usina eólica do país, construída com um investimento de US$ 7,6 milhões, e expressou confiança na expectativa de que a Bolívia comece a exportar energia a partir de 2015.

A usina foi construída pela empresa Hydrochina no município de Pocona, na região central de Cochabamba, e possui duas torres eólicas que vão gerar 3 megawatts para o Sistema Interconectado Nacional (SIN) de energia elétrica, afirmou Morales.

O chefe de estado disse que hoje "é um dia histórico" para a Bolívia pela entrega da obra e destacou que "o sistema eólico é o mais ecológico no mundo todo".

Morales afirmou que o consumo atual do mercado interno gira em torno dos mil megawatts, enquanto a geração é de 1.200.

Segundo o presidente, com os projetos de geração elétrica que serão entregues ou começarão a ser construídos neste ano, é provável que a Bolívia possa exportar energia elétrica a partir de 2015 e não em 2020, como o Governo havia previsto inicialmente.

"Eu dizia (...) que talvez em 2020 exportaríamos energia. Neste ritmo, no próximo ano já vamos exportar energia. Não somente exportamos gás, mas outros produtos", destacou.

O ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Juan José Sosa, destacou que esta obra é parte do plano do governo para mudar a matriz energética do país, onde, atualmente, 65% da energia é termoelétrica e 35% é hidrelétrica.

Segundo Sosa, o executivo estabeleceu que, para 2025, 70% da geração de energia deverá ser hidrelétrica ou provir de outras alternativas, como a eólica, e que 30% deverá ser termoelétrica.

Ele também detalhou que, para este ano, está prevista a entrega de cinco projetos energéticos, incluindo a usina eólica inaugurada hoje, com um investimento total de US$ 357 milhões que garantirão a geração de 418 megawatts.

O ministro acrescentou que estão assegurados US$ 814 milhões para financiar três projetos hidrelétricos que permitirão gerar outros 400 megawatts.

Além disso, Sosa anunciou que a estatal Empresa Nacional de Eletricidade realiza medições em outros lugares do país para instalar novos parques eólicos.

Citando dados do censo populacional realizado em 2012, a autoridade destacou que a cobertura elétrica alcança 81% do país e que atualmente há 2,3 milhões de usuários do serviço.

Sosa ainda ressaltou que o investimento para a geração elétrica passou de uma média anual de US$ 26,8 milhões entre 1999 e 2009, quando esse setor era administrado por empresas privadas, a US$ 93 milhões a partir de 2010, ano em que Morales desapropriou quatro geradoras de energia de investidores britânicos, franceses e bolivianos.

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