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Moon pedirá à China ajuda para conter ação nuclear norte-coreana

Presidente da Coreia do Sul disse que sanções fortes deveriam ser impostas se a Coreia do Norte testar um míssil intercontinental ou realizar novos testes

Moon Jae in: "acredito que a China está se esforçando para impedir que a Coreia do Norte faça provocações adicionais, mas não há resultados tangíveis por ora" (Foto/Reuters)

Moon Jae in: "acredito que a China está se esforçando para impedir que a Coreia do Norte faça provocações adicionais, mas não há resultados tangíveis por ora" (Foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2017 às 09h13.

Seul - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse nesta quinta-feira que a China deveria fazer mais para conter o programa nuclear norte-coreano e que irá ligar ao presidente chinês, Xi Jinping, para pedir que "suspenda todas as medidas" contra empresas sul-coreanas adotadas em retaliação à decisão de Seul de abrigar um sistema antimísseis dos Estados Unidos.

Em uma entrevista concedida à Reuters antes de viagem a Washington, na semana que vem, para uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, Moon disse que sanções "fortes" deveriam ser impostas se a Coreia do Norte testar um míssil balístico intercontinental (ICBM) ou realizar um sexto teste nuclear.

Segundo Moon, a Coreia do Norte irá obter a tecnologia para desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de portar uma ogiva nuclear e atingir o território continental dos EUA "no futuro não muito distante".

"Acredito que a China está se esforçando para impedir que a Coreia do Norte faça provocações adicionais, mas não há resultados tangíveis por ora", disse Moon à Reuters no amplo complexo presidencial da Casa Azul.

"A China é a única aliada da Coreia do Norte e a China é o país que fornece mais assistência econômica à Coreia do Norte", afirmou. "Sem a assistência da China, sanções simplesmente não serão eficientes".

Seus comentários ecoaram os de Trump, que no início desta semana tuitou que os esforços chineses para usar sua influência sobre Pyongyang fracassaram.

Moon foi eleito em maio prometendo adotar uma abordagem mais moderada com o vizinho do norte e atraí-lo para um diálogo, além de usar pressão e sanções para refrear sua busca por armas nucleares e mísseis balísticos.

A Coreia do Sul e os EUA concordaram em instalar o sistema antimísseis conhecido como Thaad em solo sul-coreano em reação à ameaça crescentes dos mísseis norte-coreanos.

Mas a medida revoltou Pequim, que diz que o poderoso radar do sistema irá perscrutar seu território e minar a segurança regional. A China vem pressionando empresas sul-coreanas com boicotes e proibições, como encerrar as visitas de grupos de chineses à Coreia do Sul e fechar a maioria das lojas do conglomerado varejista sul-coreano Lotte Group no território chinês.

Moon disse que espera conversar com Xi durante a cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, no mês que vem e que irá exortá-lo a adotar ações para amenizar as medidas contra companhias de seu país.

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