Mundo

Módulo lunar japonês SLIM é reativado após duas semanas apagado

As comunicações "foram interrompidas pouco depois, porque ainda era meio-dia lunar e a temperatura dos equipamentos de comunicação estava muito alta

"Ontem à noite enviamos uma ordem, à qual o SLIM respondeu", disse a Jaxa na rede social X.

"Ontem à noite enviamos uma ordem, à qual o SLIM respondeu", disse a Jaxa na rede social X.

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 26 de fevereiro de 2024 às 10h12.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2024 às 10h12.

O módulo espacial japonês SLIM, estacionado na Lua desde o final de janeiro, está novamente ativo após duas semanas inoperante durante a rigorosa noite lunar, informou a agência espacial Jaxa nesta segunda-feira, 26.

"Ontem à noite enviamos uma ordem, à qual o SLIM respondeu", disse a Jaxa na rede social X. "O SLIM conseguiu sobreviver à noite lunar e manteve a sua capacidade de comunicação!", acrescentou.

As comunicações "foram interrompidas pouco depois, porque ainda era meio-dia lunar e a temperatura dos equipamentos de comunicação estava muito alta", informou a agência espacial.

"Estamos realizando preparativos para retomar as operações assim que as temperaturas dos instrumentos esfriarem o suficiente", acrescentou.

O módulo SLIM (Smart Lander for Investigating Moon) pousou com sucesso na Lua no dia 20 de janeiro, a 55 metros de seu objetivo inicial, o que representa um altíssimo grau de precisão.

O Japão tornou-se assim o quinto país a pousar com sucesso no satélite da Terra, depois de Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.

Mas devido a um problema de motor nos últimos metros de sua descida, o SLIM pousou inclinado e suas células fotovoltaicas voltadas para oeste não receberam luz solar.

O SLIM pousou em uma pequena cratera com menos de 300 metros de diâmetro, chamada Shioli. Antes de apagar, o módulo conseguiu descarregar normalmente seus dois miniveículos, cuja função é analisar as rochas da estrutura interna da Lua.

Nova corrida lunar

Mais de meio século depois de o ser humano pisar pela primeira vez no solo lunar, em 1969, com uma missão dos Estados Unidos, o satélite da Terra volta a ser objeto de inúmeros projetos.

O programa americano Artemis prevê enviar novamente astronautas à Lua, em uma missão que foi recentemente adiada para setembro de 2026 e que a longo prazo procura construir uma base permanente. A China tem propósitos semelhantes.

As duas primeiras tentativas de pouso na Lua do Japão fracassaram. Em 2022, uma sonda da Jaxa, Omotenashi, transportada na missão americana Artemis 1, registrou uma falha na bateria pouco depois de ser lançada ao espaço.

Em abril de 2023, a start-up japonesa "ispace" tentou se tornar a primeira empresa privada a chegar à Lua, mas perdeu a comunicação com sua espaçonave após um "pouso forçado".

Na semana passada, os Estados Unidos conseguiram retornar à Lua pela primeira vez em mais de 50 anos, com uma sonda da empresa privada Intuitive Machines.

A companhia indicou que sua sonda provavelmente pousou de lado na Lua, mas isso não impediria a recuperação de dados e imagens científicas.

Pousar na Lua ainda é um imenso desafio tecnológico, mesmo para as grandes potências espaciais: outra empresa privada americana, a Astrobotic, também contratada pela Nasa, não conseguiu colocar a sua primeira sonda no satélite em janeiro.

Acompanhe tudo sobre:Lua

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia